Alguns dos veteranos do UFC 198: Anderson Silva e Shogun estão em destaque; no quadro de cima, Matt Brown, Ronaldo Jacaré, Demian Maia e Nate Marquardt; no quadro de baixo, Vitor Belfort, Minotouro, Francisco Massaranduba e Werdum.| Foto: UFC/Divulgação

Experiência foi a receita utilizada pelo UFC para garantir que a Arena da Baixada estará totalmente lotada no próximo dia 14 de maio.

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Curitiba, sede do maior evento da história do MMA brasileiro, com 42 mil ingressos esgotados após nove horas de venda oficial, receberá dez lutadores acima de 34 anos– 42% do card de lutas. Ao todo, dos 26 atletas escalados para os 13 combates da noite, 17 já são trintões.

Anderson Silva, que terá 41 anos no dia do duelo com o jamaicano Uriah Hall, 31, puxa a fila dos veteranos. A lista continua com Rogério Minotouro e Vitor Belfort (39 anos), Fabrício Werdum e Demian Maia (38), Francisco Massaranduba e o americano Nate Marquadt (37). Completam o clube Ronaldo Jacaré (36), um ano mais velho do que os norte-americanos Matt Brown e Patrick Cummins. Com 34, Maurício Shogun é o caçula do grupo.

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32,2 anos

É a média de idade dos lutadores do UFC 198, em Curitiba. Os atletas mais jovens do evento têm 25 anos e puxam a estatística para baixo. São eles o parnanguara John Lineker, o mineiro Warlley Alves e o russo Zubaira Tukhugov.

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Se engana, entretanto, quem pensa que idade é sinônimo de declínio no esporte que mistura artes marciais. Dos oito campeões, três esbanjam anos de experiência no octógono. Além do peso-pesado (até 120 kg) Werdum, o meio-pesado (até 93 kg) Daniel Cormier e o meio-médio (até 77 kg) Robbie Lawler também são veteranos, com 37 e 34 anos, respectivamente.

Na edição curitibana, as principais lutas envolvem velhos conhecidos da torcida. Jacaré e Belfort, por exemplo, se enfrentam pela chance de desafiar o campeão dos médios (até 84 kg).

“Eu me sinto feliz em mostrar que é preciso valorizar as pessoas que fizeram esse esporte. Não é por ser mais velho que está na hora de ser descartado”, opina Belfort, campeão de um torneio do UFC pela primeira vez em 1997, e ainda sonhando em carregar o cinturão.

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Mesmo caso de Anderson Silva. “Ainda tenho energia e vontade. Claro, não posso esquecer da idade, que vou estar lutando com atletas mais novos, mas é uma coisa que pode acontecer [ lutar pelo cinturão]”, discursa o Spider, dono do recorde de defesas de título do UFC , com dez.

Já o peso-leve (até 70 kg) Massaranduba renasceu ao entrar na organização, em 2012, então com 33 anos. De lá para cá, o piauiense emendou nove vitórias – cinco delas nas últimas cinco lutas –, e vive sua melhor fase na carreira. “Eu gosto de treinar e de descansar. Esses são meus únicos vícios. Então me sinto um garotão de 27 anos, cabeça boa. Vou contar minha idade só quando estiver com 60”, brinca o lutador da Evolução Thai, em Curitiba.

Seu parceiro de academia, o paulista Serginho Moraes, 33, que está no limiar para entrar no clube dos veteranos, dá a dica para quem quer ter uma carreira longa. “Chega um ponto que você conhece todos os caminhos. Não vai evoluir mais fisicamente, então começa a treinar com sabedoria. Se você sabe seu pico, não tente ultrapassá-lo”, ensina o multicampeão de jiu-jítsu.