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Jon Jones e Lyoto Machida na apresentação da edição 140: “Será uma luta divertida”, defende Dana White, presidente do UFC | UFC
Jon Jones e Lyoto Machida na apresentação da edição 140: “Será uma luta divertida”, defende Dana White, presidente do UFC| Foto: UFC

Irmãos Nogueira

Gêmeos em fases distintas

Além da disputa de cinturão de Lyoto Machida, na madrugada deste domingo, em Toronto, outros dois brasileiros sobem no octógono. Os veteranos irmãos gêmeos Rodrigo Minotauro Nogueira e Rogério Minotauro Nogueira têm pela frente desafios importantes em momentos igualmente distintos em suas carreiras.

Minotauro, considerado uma lenda das artes marciais mistas (MMA), reencontra o americano Frank Mir, seu primeiro algoz no UFC, três anos atrás. Depois de se recuperar de duas cirurgias no quadril e derrotar Brendan Schaub na edição do Rio de Janeiro, em agosto, o lutador baiano quer provar que, apesar dos 35 anos de idade, ainda está no topo da categoria pesada.

"Para mim é uma segunda chance lutar contra ele [Mir]. Não estive bem naquele dia, mas não é desculpa. Ele foi mais rápido, soltou mais golpes, foi melhor. Eu não escolhi uma boa estratégia. Tenho a chance de encará-lo e fazer uma luta diferente", disse.

Ao contrário de seu irmão, Minotouro luta com a pressão de duas derrotas seguidas. Seu adversário, o americano Tito Ortiz, ex-campeão dos meio-pesados, também está na iminência de ser cortado da organização em caso de uma atuação ruim.

"É a luta mais importante da minha carreira, venho de duas derrotas. O Tito é um grande campeão e acho que essa chance não vou deixar escapar", garantiu Minotouro. (FR)

Com apenas 24 anos de idade – somente três deles como lutador profissional de MMA (artes marciais mistas) – o americano Jon "Bones" Jones convive com um status até então inimaginável para um lutador do Ultimate Fighting Championship (UFC).

Sua relativa inexperiência no esporte (14 vitórias em 15 combates) pouco importa quando a mídia especializada o rotula como "o cara" a ser batido na categoria meio-pesado (até 93 kg). Com números expressivos, ele é apontado como a maior barbada dos octógonos. Neste sábado, a partir das 20h50, no UFC 140, no Canadá, o brasileiro Lyoto Machida tem a chance de fazer algo inédito: derrotar o "invencível" campeão.

A única mancha no cartel de Jones aconteceu em 2009. No duelo contra o compatriota Matt Hamill, Bones utilizou cotoveladas ilegais e perdeu um embate no qual tinha ampla vantagem. Em nenhuma das outras vezes em que entrou na jaula, o esguio lutador de 1,93 m e 2,15 m de envergadura – a maior da história do UFC – esteve em situação adversa.

Nunca foi derrubado. Tem 67% de eficiência na defesa. Aplica quase vinte ataques significativos por round de cinco minutos. E venceu 86% das lutas por nocaute ou finalização – apenas duas vezes por decisão dos jurados.

Mas não são apenas os números que impressionam. "Acho que é a diversidade [de golpes]. Não esperava que ele tivesse tanta variedade de opções em pé", lembra o goiano André Gusmão, primeiro brasileiro a enfrentar Jones, no UFC 87. Ao lado de Stephan Bon­­nar, ele é o único a terminar, em pé, um combate contra Bones.

"Não imaginava tanto potencial nele. Quando lutamos, ele era muito desconhecido, não havia um vídeo na internet. Só sabia que era bom de luta greco-romana e no wrestling", completa Gusmão, que hoje tem uma academia em Nova York e ainda compete.

Em três anos, Jones evoluiu muito. Além de seu físico, passou a treinar com Greg Jackson, eleito o melhor técnico de MMA do mundo. Em março deste ano, o americano passou de promessa a realidade ao vencer o curitibano Maurício Shogun Rua por nocaute técnico e conquistar o cinturão da categoria, título que imediatamente antes estava nas mãos de Lyoto Machida, o desafiante desta noite.

"Amadureci muito desde a derrota [para o Shogun, em 2010]. Em toda luta existe pressão, mas estou mais preparado hoje", afirma Machida, cotado como enorme azarão nas casas de apostas.

O carateca de estilo único, baseado em rapidez e contra-ataques, é apontado uma incógnita para Jones desvendar. Ou será o oposto?

"Ambos têm estilo veloz e interessante. Não sei o que esperar em cinco rounds. Jones não para. Solta cotoveladas, joelhadas, socos, chutes... Machida é defensivo e elusivo, com golpes diferentes. Vai ser uma luta divertida", concluiu Dana White, presidente do UFC.

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