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A noite de sábado, véspera da partida contra o Palmeiras, foi uma das mais difíceis para Aloísio. No mesmo dia o centroavante atleticano havia tido um ruptura no músculo adutor da coxa direita e além de praticamente dar adeus ao Furacão, viu um outro sonho seu ficar para trás: disputar o Mundial de Clubes da Fifa.

Desde o mês passado o atacante mantinha contatos com um dos cinco clubes já garantidos para disputar a competição em Yokohama, que ocorre entre os dias 11 e 18 de dezembro. Com a contusão, que o deixará longe dos gramados por três ou quatro semanas, o negócio emperrou.

"A melhor proposta que tive era para jogar o Mundial no Japão. Dormia sonhando com isso. Com a contusão, cheguei a chorar à noite. Mas depois fiquei tranqüilo", conta o jogador, que ainda mantém esperanças de que a transferência se concretize e, por isso, não revela o nome do clube com quem conversava. De acordo com fontes no Rubro-Negro, o São Paulo, que desde o fim da Libertadores demonstra interesse no atleta, seria o pretendente.

Uma coisa é certa, após o fim do contrato com o Atlético, no dia 5 de dezembro, Aloísio não ficará na Arena. Com 30 anos, ele tenta evitar o assunto, mas logo adiante não esconde que seu futuro em 2006 é fora do Brasil.

Mesmo com o ano conturbado, cheio de lesões e poucos gols, o atacante afirma nunca em sua carreira ter chegado ao fim de uma temporada com tantas propostas. Desde que chegou ao Furacão, no início do ano, Aloísio sofreu cinco contusões musculares e uma no tornozelo. No departamento médico, o jogador passou quase metade do tempo em que esteve no Furacão. Dos 70 compromissos do Rubro-Negro em 2005, Aloísio atuou em apenas 35. Mas quando jogou teve participação decisiva.

Na partida contra o Santos, a segunda das quartas-de-final da Libertadores, classificou o Atlético ao marcar os dois gols da vitória. Contra o Chivas, na primeira partida da semifinais, iniciou a goleada por 3 a 0. E na final, contra o agora pretendente São Paulo, manteve por duas vezes o sonho do atleticano vivo. Na primeira partida, no Beira-Rio, marcou o gol do empate por 1 a 1. No Morumbi, sofreu o pênalti perdido por Fabrício que poderia ter mudado rumo do jogo – ali, a partida estava só 1 a 0 para o Tricolor paulista.

Por tudo isso, o jogador não gostaria que a despedida fosse dessa forma. "Vivi aqui um dos melhores momentos da minha vida. Construí uma família no clube, coisa que não consegui em seis anos na Europa. Se Deus quiser ainda vou ajudar o Atlético a conseguir essa vaga para a Sul-Americana. Tenho certeza de que vou conseguir me recuperar antes do previsto e voltar nas duas últimas rodadas."

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