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Roma - Não é só uma rivalidade cultivada dentro das quadras que está acirrando os ânimos entre brasileiros e italianos, que duelam amanhã, em Roma, por uma vaga na final do Mundial Masculino de Vôlei. O oposto Leandro Vissotto explicou, em entrevista ontem, os motivos que o levaram a usar a palavra "discriminação" para se referir ao tratamento recebido na Itália.

O gigante de 2,12 metros teve uma passagem vitoriosa pelo italiano Trentino, pelo qual foi campeão do Mundial de Clubes de 2009 e bicampeão da Copa dos Campeões da Europa. No aspecto financeiro, no entanto, o brasileiro não se considera um vencedor. Ele reclama de não ter recebidos os salários dos quatro últimos meses. Quando voltar ao Brasil, vai defender o Vôlei Futuro, de Araçatuba.

Vissotto acredita que o calote é consequência da rivalidade entre Brasil e Itália. "Nós, jogadores, sofremos com isso. Sempre que os dirigentes italianos podem nos prejudicar, eles prejudicam. Crescemos muito profissionalmente jogando o Campeonato Italiano, mas acabamos passando por muitos perrengues. Isso revolta", afirmou o oposto, titular da seleção brasileira.

Segundo ele, outros jogadores da seleção vivenciaram situações parecidas quando defenderam equipes na Itália, como Murilo e Sidão. Vissotto ainda reclama de ter levado outro calote de quatro meses de salário em outro clube, o Latina. Sem disposição para brigar na Justiça por seus direitos, resolveu abrir mão do dinheiro. Mas isso está longe de significar que ele tenha esquecido o que sofreu. Agora, quer se vingar na quadra.

Os italianos, tricampeões mundiais entre 1990 e 1998, estão se­­dentos por um título em casa. Em 78, na mesma Roma, foram vice-campeões, após derrota para a então imbatível União Soviética. Vissotto quer ver os donos da casa frustrados novamente. "Vai ser parada dura", avisou.

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