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Maringá – Que garoto brasileiro não sonha com o seguinte roteiro? Ser viciado em futebol desde os primeiros anos de vida, crescer jogando bola entre amigos e familiares, se tornar profissional na adolescência e poder ajudar a família humilde e, por fim, conquistar o primeiro título da carreira aos 19 anos. Esse é o filme que o meia Maicosuel, do Paraná, quer continuar escrevendo na decisão do Campeonato Paranaense contra a Adap.

Natural de Cosmópolis, interior de São Paulo, o talentoso armador chegou à Vila Capanema durante o Brasileiro do ano passado, vindo do Atlético Sorocaba. Teve poucas oportunidades no forte grupo que ficou em sétimo lugar no Nacional. Apesar de ter participado de 14 partidas, em apenas 5 teve a chance de ser titular. Nem ele sabia que seu momento estava reservado para 2006.

Na atual temporada, Maicosuel pôde finalmente justificar o investimento feito pela L. A. Sports (parceira do Tricolor na contratação de atletas). Só não iniciou as duas primeiras partidas do Estadual. Cresceu na competição junto com o time e se tornou peça fundamental no esquema do técnico Luiz Carlos Barbieri.

"Desde o ano passado busquei meu espaço, infelizmente no começo não consegui. Graças a Deus o professor (Barbieri) deu a chance e eu aproveitei. Espero não sair mais do time", revelou ele, que marcou dois gols no atual torneio.

Mesmo sempre elogiado pelo treinador, Maicosuel teve seu momento de ser cobrado. Na semifinal contra o Rio Branco, foi dispersivo em algumas conclusões quando o Tricolor já vencia por 2 a 0 e perdeu um pênalti. Resultado: tomou um puxão de orelha do chefe.

Apesar da bronca, o camisa 11 paranista seguiu prestigiado. Nem poderia ser diferente. Afinal, tanto para Barbieri como para a torcida, a criação de jogadas e a habilidade demonstrada pelo meia vêm sendo muito úteis na arrancada rumo ao título.

"Todo jogador que está de fora quer uma oportunidade. O pensamento tem de ser positivo, sempre imaginando que você tem condições de estar jogando e assimilando tudo que te passam", admitiu.

Mesmo pouco experiente, Maicosuel já colecionou pelo menos uma história muito interessante neste Estadual. Dois dias antes da primeira partida semifinal contra o Rio Branco, o jogador teve um grave problema intestinal. Foi parar no hospital.

"Foi um problema realmente sério. Algo que comi me fez mal e achei que não poderia jogar. Ainda bem que me recuperei, consegui atuar e fazer os dois gols na partida (a vitória do Paraná foi por 2 a 1)", contou.

O armador é uma engrenagem importantíssima no sistema tricolor. O 3-6-1 adotado por Barbieri se torna um 3-4-3 quando ele (Maicosuel) e Sandro encostam em Leonardo. "Eu sempre digo que é um 3-4-3. Mas vocês (jornalistas) acham que é 3-6-1", disse o técnico.

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