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Poucas pessoas no mundo entendem tanto do mercado internacional de jogadores de futebol como Jonathan Barnett, um inglês de 55 anos, torcedor do Arsenal e que trabalha há 13 como agente. De passagem pelo Rio de Janeiro, vem dele o aviso: o Brasil já exportou tantos atletas, que está difícil encontrar atualmente talentos no país para brilhar imediatamente em clubes de ponta, como Robinho no Real Madrid. Presidente da Stellar, a maior empresa de gerenciamento de carreiras de atletas do mundo, é isso que ele procurar fazer no Brasil, onde acaba de abrir um escritório da empresa no Rio. "No início do ano, vim passar férias com minha família no Rio e assisti a um Fla-Flu no Maracanã. Senti falta de talento em campo. Vim aqui agora procurar se tem mais", disse o inglês ao GloboEsporte.com durante um encontro na tarde de segunda-feira. Para Barnett, Robinho foi o último grande jogador brasileiro atuando no país que despertou a atenção da Europa inteira. Ao ser perguntado se via algum atleta com potencial para brilhar agora no "Velho Continente", o inglês citou o argentino Tevez (estrangeiro). O jovem Anderson, do Grêmio e que já está negociado com o Porto, despertou a curiosidade do inglês, mas ainda é visto apenas como uma promessa. O agente garante que sua intenção ao abrir uma filial no Rio não é levar as revelações brasileiras imediatamente para o exterior. Barnett se define como o personagem Jerry Maguire, vivido por Tom Cruise no cinema. No filme, o ator interpreta um empresário de um jogador de futebol americano, que faz tudo para que seu cliente não tenha preocupações extra-campo. "Show me the money!" ("Me mostre o dinheiro!") - brincou Barnett, lembrando do bordão criado por Tom Cruise. "O que eu faço é dar estrutura aos atletas, trabalho por eles. Fazemos com que ele receba o que merece, que invista direito o dinheiro, que jogue em bons clubes. Se um jogador meu se aposenta sem dinheiro guardado, meu negócio acaba. Quero dar a eles condições de viverem bem quando pendurarem as chuteiras." A Stellar gerencia a carreira de 503 jogadores de futebol, tendo como principal mercado a Inglaterra (241). Em seguida, concentra suas forças na África, com 78. A empresa privilegia atletas jovens. O lateral-esquerdo Ashley Cole, do Arsenal, por exemplo, trabalha com a Stellar desde os 15 anos. No Brasil, a empresa já assinou contrato com Paulo André e Fabrício (Atlético), Vinicius, Fabiano Oliveira, Vander e André Santos (Flamengo), Ruy (Botafogo), Adriano (Figueirense) e David (Náutico). "Aqui é impossível achar jogador de 16 anos sem agente. Vamos ter que procurar a partir dos 14", afirmou Márcio Bittencourt, xará do técnico do Brasiliense e que será o representante da Stellar no país.

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