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Ada e a bola de ouro: estrela do futebol feminino não jogará a Copa do Mundo.
Ada e a bola de ouro: estrela do futebol feminino não jogará a Copa do Mundo.| Foto: Puma/Divulgação

A Copa do Mundo de futebol feminino (ver tabela), com início nesta sexta-feira (7), vai exibir a discrepância salarial entre homens e mulheres na modalidade.

De acordo com levantamento da revista France Football, o maior salário entre as mulheres é da norueguesa Ada Hegerberg, do Lyon, que recebe 400 mil euros/ano (R$ 1,76 milhões). Ela fatura 33 mil euros (quase R$ 145 mil) por mês. Ativista por direitos iguais, a estrela vai boicotar o Mundial, na França.

Os atletas que disputaram o Brasileirão em 2018 recebem em média, segundo apuração do site Sporting Intelligence, 576.000 euros (por volta de R$ 2,5 milhões por ano). Mensalmente, o boleiro médio do Nacional abocanhou 48.000 euros (em torno de R$ 211.000).

Os cinco maiores salários do futebol feminino somam 1,79 milhões de euros (R$ 7,8 milhões) por ano.

Neymar fatura 48,9 milhões de euros (R$ 215 milhões) anuais, quase 27 vezes mais que a soma do top 5 das mulheres em uma temporada. Messi ganha 130 milhões de euros (algo em torno de R$ 572 milhões). O argentino ganha 10,8 milhões de euros por mês (cerca de R$ 47,5 milhões).

Logo atrás de Ada Hegerberg , aparecem outras duas jogadoras do francês Lyon: Amandine Henry, com 360 mil euros (R$ 1,58 milhões) por ano, e Wendie Renard, com 348 mil euros (R$ 1,53 milhões). Carli Lloyd, do Blue Sky, é a quarta com 345 mil euros (R$ 1,51 milhões), e a brasileira Marta, do Orlando Pride, fecha na quinta colocação com salário de 340 mil euros (R$ 1,49 milhões) anuais.

Ativista, maior salário vai boicotar Copa

Vencedora das últimas três edições da Liga dos Campeões feminina e tetra do Campeonato Francês, norueguesa Ada Hegerberg abriu mão da seleção pela luta por direitos iguais no futebol... Na Noruega! Hegerberg tomou a decisão de não atuar pela seleção norueguesa por não concordar com a maneira como as mulheres eram tratadas no esporte do país. Em 2017, a federação norueguesa assinou um termo pela igualdade de gênero no esporte. No entanto, Ada acredita que o acordo não trouxe progresso. "Há situações onde você diz: "Caramba! Estamos em um mundo muito dos homens". Pode ser uma situação do dia a dia. Como mulher, há muitas situações que devemos discutir. Mas, ao mesmo tempo, nunca olhei para mim mesma de maneira diferente do futebol masculino. Sempre senti a mesma coisa", disse ano passado à Associated Press.

Maiores salários do futebol feminino (top 5)

  1. Ada Hegerberg, Lyon >> 400 mil euros/ano (R$ 1,76 milhões)
  2. Amandine Henry, Lyon >> 360 mil euros/ano (R$ 1,58 milhões)
  3. Wendie Renard, Lyon >> 348 mil euros/ano (R$ 1,53 milhões)
  4. Carli Lloyd, do Blue Sky >> 345 mil euros/ano (R$ 1,51 milhões)
  5. Marta, do Orlando Pride >> 340 mil euros/ano (R$ 1,49 milhões)

Prêmio da Fifa é quase 10 vezes menor

Pela taça da Copa do Mundo da Rússia, a seleção francesa embolsou no ano passado US$ 38 milhões (cerca de R$ 167 milhões). A futura equipe campeã do Mundial feminino vai receber da Fifa US$ 4 milhões (R$ 17,6 milhões).

Messi x Ada Hegerberg

A atacante Ada Hegerberg, eleita a melhor do mundo em 2018, recebe 325 vezes menos que Lionel Messi, do Barcelona, melhor remuneração entre os homens. A norueguesa fatura 400.000 euros (cerca de R$ 1,76 milhões ) por temporada, enquanto Messi ganha 130 milhões de euros (algo em torno de R$ 572 milhões). Transformando o valor para um salário mensal, Hegerberg recebe 33 mil euros (quase R$ 145 mil), já o argentino ganha 10,8 milhões de euros por mês (cerca de 47,5 milhões de reais).

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