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A estréia no Brasileiro era para ser o marco da recuperação do Atlético após as eliminações no Paranaense e na Copa do Brasil. Virou apenas mais um capítulo da crise que se instalou no clube. A derrota por 2 a 1 para o Fluminense, ontem, na Arena, detonou de vez a confiança dos torcedores.

Ninguém escapou dos protestos na arquibancada. Desde o presidente do Conselho Deliberativo e homem-forte do Furacão, Mário Celso Petraglia, que foi hostilizado por dezenas de atleticanos e respondeu com gestos, passando pelo técnico Givanildo Oliveira, xingado de burro quando trocou Ferreira por Válber. E, lógico, a própria equipe, vaiada diversas vezes.

Entre os jogadores, Dênis Marques representa bem a relação conturbada com a torcida. Afinal, a má fase e a perseguição ao atacante não vêm de hoje. Mesmo tão mal em campo quanto outros companheiros, às vezes poupados pela arquibancada, era fortemente cobrado a cada bola errada. Ao ser substituído por William, deixou o campo sob um coro uniforme de vaias.

Situação oposta à do meia Ferreira, pivô do primeiro desgaste da torcida com o técnico Givanildo Oliveira. Irritados com o péssimo desempenho do time, que já perdia por 2 a 0 e tinha um a menos (Jancarlos foi expulso aos 12 minutos do segundo tempo), os torcedores puxaram o tradicional grito de "Burro" ao vê-lo ser substituído por Válber. Em seguida, para reforçar o descontentamento, gritaram o nome do colombiano.

A esta altura o Flu apenas administrava a vantagem. O placar começou a ser construído aos 15 minutos de jogo, na primeira chance dos cariocas. Após ótima jogada de Lenny, Marcelo recebeu sozinho na área e tocou na saída de Cléber. No comecinho da segunda etapa, Tuta, de calcanhar, deixou Rogério na cara do gol para ampliar.

Desnorteado e com um a menos, o Rubro-Negro parecia correr o risco de tomar uma goleada. Mas contou com a acomodação dos cariocas e o novo fôlego dado pelos jogadores que entraram. Além de William e Válber, Fabrício foi chamado para substituir Moreno.

Foi Fabrício, nas bolas paradas, o principal responsável por um ensaio de reação. Numa falta batida por ele, o goleiro Fernando Henrique rebateu mal e Pedro Oldoni diminuiu aos 30 minutos. Mesmo descontente, a torcida ainda fez de tudo para ajudar a equipe a conseguir o empate.

Não deu. Mas pelo menos a luta e a pressão em busca do segundo gol nos momentos restantes evitaram o protesto generalizado que se anunciava caso o futebol apático que se arrastou na maior parte do tempo fosse até o apito final.

Em Curitiba

Atlético 1Cléber; Jancarlos, Paulo André, Danilo e Moreno (Fabrício); Alan Bahia, Erandir, Evandro e Ferreira (Válber); Pedro Oldoni e Denis Marques (William).Técnico: Givanildo Oliveira.

Fluminense 2Fernando Henrique; Thiago Thiago Silva e Roger; Rogério, Marcão, Arouca (Romeu), Petkovic e Marcelo; Lenny (Cláudio Pitbull) e Tuta (Evando). Técnico: Oswaldo de Oliveira.

Estádio: Kyocera Arena. Árbitro: Alício Pena Júnior (MG). Gols: Marcelo (F), aos 15’ do 1.º tempo; Rogério (F), aos 2’, e P. Oldoni (A), aos 30’ do 2.º. Amarelo: Jancarlos, P. André e Evandro (A); Arouca, Petkovic, Roger, Marcelo e Romeu (F). Vermelho: Jancarlos (A). Renda: R$ 102.832. Público: 7.724 (pagantes).

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