Mais uma vez um sufoco. Dessa forma pode ser definido o empate do Atlético com o Santos, por 3 a 3, na Arena.
Semelhante à partida contra o Juventude, ontem o Furacão só conseguiu a igualdade nos últimos minutos da partida. No pênalti convertido (e sofrido) por Ferreira, aos 39 minutos do segundo tempo, o time de Antônio Lopes mais uma vez salvou a invencibilidade que mantém na Arena desde o dia 1.º de junho, quando venceu o mesmo Peixe 3 a 2, pelas quartas-de-final da Libertadores. Desde então, foram dez jogos sem derrota oito vitórias e dois empates.
Ontem, o discurso rubro-negro não virou prática. Os cinco desfalques atleticanos fizeram muita falta. Sem Alan Bahia, Evandro, Lima, Aloísio e Fabrício, a equipe do Delegado se perdeu na marcação e não teve inspiração, conseguindo a igualdade, mais uma vez, na base da superação.
Mas não seria tão difícil se a CBF não tivesse liberado o meia Ricardinho do amistoso da seleção brasileira contra o Sevilla, terça-feira, na Espanha. Foram dele os três gols do Peixe. Dois em cobranças perfeitas de falta e outro em uma tabela com Kléber que deixou a defesa atleticana sem saber o que fazer.
Mesmo arrancado na marra, o resultado não foi nada bom para o Atlético, que está com 30 pontos, na 15.ª colocação, e ainda próximo da zona do rebaixamento. A diferença para o Atlético-MG, 19.º colocado, a diferença é de cinco pontos.
Os próximos jogos do Rubro-Negro serão contra Corinthians e Internacional, fora de casa. Ao menos Lopes contará com o retorno de Evandro, Alan Bahia e, possivelmente, Aloísio.
O jogo de ontem foi recheado de gols bonitos. Logo aos dois minutos, em uma cobrança de falta pela esquerda, a dois passos da linha de fundo, Jancarlos cobrou direto enquanto o goleiro Saulo se adiantava para interceptar o cruzamento.
Foi aí que começou o efeito Ricardinho. Primeiro aos 34 minutos, em uma falta da linha da meia lua. Ele colocou a bola sem chance para Diego ela ainda bateu na parte de dentro do travessão antes de entrar. Depois, aos dois minutos do segundo tempo, quando apareceu no meio da área para novamente deslocar Diego.
O empate rubro-negro veio aos 23 minutos, em uma excelente jogada de Marcão. Ele se livrou de dois marcadores na linha de fundo e cruzou para Schumacher, com o bico da chuteira, deslocar a bola do goleiro Saulo.
Mas aos 35 minutos, Ricardinho apareceu de novo. Diego colocou apenas dois jogadores na barreira. E a bola foi batida com força, no ângulo. Foi aí que Ferreira invadiu a área santista, quatro minutos depois, e foi derrubado. Na cobrança de pênalti, o colombiano empatou o jogo.
Em Curitiba
Atlético 3Diego; Jancarlos, P. André, Danilo e Marcão; Douglas, M. Winícius, Ferreira e Caetano (Ricardinho); Finazzi (Schumacher) e Denis (Thiago). Técnico: Antônio Lopes.
Santos 3Saulo; Paulo César, Rogério, Luís Alberto e Kléber; Gavião (Léo Lima), Zé Elias, Bóvio e Ricardinho; Giovanni (Wendel) e Geílson (Basílio). Técnico: Gallo.
Estádio: Kyocera Arena. Árbitro: Djalma José Beltrami (RJ). Gols: Jancarlos (A), aos 2', e Ricardinho (S), aos 35' do 1.º; Ricardinho (S), aos 12' e aos 35', Schumacher (A) aos 23, e Ferreira (A), de pênalti, aos 39' 2.º.
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