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Marcos Malucelli, presidente do Atlético, durante entrevista coletiva ontem na Arena: ataques à gestão  Petraglia | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Marcos Malucelli, presidente do Atlético, durante entrevista coletiva ontem na Arena: ataques à gestão Petraglia| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

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Em meio ao fogo cruzado entre o atual presidente atleticano, Mar­­cos Malucelli, e o ex-mandatário rubro-negro, Mário Celso Petraglia, os jogadores adotaram a estratégia de evitar o assunto para não perder a concentração no mais importante: o resultado em campo.

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O presidente do Atlético, Marcos Malucelli, acirrou com detalhes o racha entre a atual diretoria e o ex-mandatário rubro-negro Má­­rio Celso Petraglia, durante a entrevista coletiva concedida nesta terça-feira na Arena. Além de repetir acusações feitas na semana passada (como a participação do antigo dirigente na negociação do jogador Alex Sandro), ele relatou o teor de um contrato firmado na gestão anterior que diminuiria o lucro do clube.

Pelo acerto, assinado com a Caixa Econômica Federal, referente a placas de publicidade da Timemania, o Atlético deixava de receber R$ 41 mil mensais com intermediações dentro do próprio clube e supostamente desconhecidas da atual diretoria.

A estrutura do contrato, firmado em setembro de 2007, foi conhecida na sua renovação, realizada na metade de 2009. O valor total pago pela Caixa era de R$ 120 mil. Destes, 20% destinavam-se à agência de publicidade licenciada pelo banco, restando R$ 96 mil ao clube. Mas, R$ 33,5 mil ficavam com a empresa Kangoo, cujo um dos sócios é Mário Celso Keinert Petraglia, o filho do ex-presidente, e outros R$ 7,5 mil como comissão ao ex-diretor de marketing Mauro Holzmann. Ambos participaram da negociação do mesmo contrato com vários clubes brasileiros.

"Hoje não há mais intermediários, acabamos com isso. Não conseguimos renovar pelo mesmo valor, que caiu para R$ 100 mil. Mas, mesmo descontando a agência licitada pela Caixa, recebemos R$ 80 mil por mês", disse Malu­celli. O acréscimo na receita, por exemplo, corresponde ao custo mensal de manutenção da Arena, de R$ 39 mil.

Holzmann reconhece que nos 12 anos em que trabalhou no Furacão (entre 1996 e 2008) recebeu comissões de todas as negociações de patrocínio que levou para o clube. Responsável pelo marketing atleticano nos tempos de Petraglia, ele não tinha salário na Baixada, mas ficava com 12% de toda negociação publicitária operada no Rubro-Negro.

"São negociações extremamente lícitas, com contrato registrado no clube e notas fiscais. Aceitava valores abaixo da praxe do mercado por ser o Atlético", explicou. "Também representava gratuitamente o clube nas relações com o Clube dos 13, Rede Globo e CBF", ponderou ele, atualmente atuando na área de marketing da Traffic, em São Paulo.

Apesar de ter tomado ciência do contrato há cerca de oito meses, Malucelli justificou o ter revelado apenas agora como resposta às críticas de Petraglia à sua gestão. "Esperávamos ajustar isso internamente. Mas diante das agressões verbais, do que ele vem falando de mim, de que estou administrando mal o clube, falamos agora", explicou.

Procurado pela reportagem, o ex-presidente manteve a linha adotada desde as acusações da semana passada e não quis se pronunciar. Já seu filho, alegou estar em viagem de negócios e só após retornar a Curitiba avaliará se quer se manifestar.

Com relação a outro contrato com a Kangoo, este para o fornecimento das cadeiras do estádio, o dirigente explicou não haver uma cláusula de exclusividade, como foi ventilado. Apenas que a empresa é a única a confeccionar o modelo usado na Arena. De acordo com o vice-presidente Enio Fornea, o último lote de 3.300 foi adquirido inclusive com preços abaixo do mercado. Ele adiantou, porém, que a empresa pode não ser parceira na obra de ampliação do estádio, pois a Fifa determina que todos os acentos sejam reclináveis. "Talvez tenhamos de trocar tudo", comentou.

O presidente atleticano se exaltou ao ser questionado sobre um eventual envolvimento do seu filho Eduardo Malucelli, agente Fifa, com o PSTC, clube londrinense e ex-parceiro do Atlético. "Meu filho trabalha com o Sérgio Malucelli (presidente do Iraty e irmão de Marcos), que nada tem a ver com o PSTC. Ninguém da minha família nunca teve, tem ou terá envolvimento com o Atlético. Se alguém falar isso na minha frente vai se arrepender", avisou.

E você, torcedor atleticano: O que acha de toda essa polêmica? Dê a sua opinião, com nome e sobrenome, e tenha a chance de ver seu comentário publicado na Gazeta Esportiva de segunda-feira.

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