Mano estreia em amistoso com garotos e time ofensivo

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O jogo de hoje contra os Estados Unidos, em Nova Jersey, às 21 horas (de Brasília, com transmissão do SporTV) talvez seja lembrado no futuro como o primeiro da era Paulo Henrique Ganso ou da era Mano Menezes. O certo é que marcará o início de uma preparação de quatro anos para a Copa do Mundo mais importante para a seleção brasileira desde 1950.Os jogadores que entram em campo para enfrentar os norte-americanos menos de um mês depois de a Espanha ter sido campeã na África do Sul sabem que terão a oportunidade de disputar um Mundial em casa, em 2014. Conquistar o título em uma final no Maracanã colocará o nome desses atletas na história do futebol brasileiro.

Será algo que nem Pelé, Garrincha, Romário e Ronaldo conseguiram por não terem tido a sorte de jogar uma Copa no Brasil, diferentemente de Ademir Menezes e os outros atletas da seleção da 1950 que entraram para a história pelo caminho inverso, da derrota, ao perderem do Uruguai no Maracanã.

As últimas seleções campeãs do mundo a jogar em casa saíram derrotadas. Foi assim com a Itália, em 1990, e com a Ale­­ma­­nha, em 2006. Os alemães, em 1974, foram os últimos a entrar em campo já campeões do mundo e ainda sair com o troféu – Argentina, em 1978, e a França, 20 anos depois, não eram seleções campeãs ao conquistarem seus primeiros títulos em Buenos Aires e Paris, respectivamente.

Os jogadores sabem que ainda terão quatro anos pela frente e um mau resultado na partida desta terça não significará o fim do sonho para 2014. Mas, em um projeto de longo prazo, o desempenho de todos, principalmente de Mano Menezes, começará a ser avaliado a partir de agora. Os olhos estarão acima de tudo nos craques santistas Ganso e Neymar, que causaram enorme expectativa no primeiro semestre deste ano, quando muitos analistas e torcedores defenderam sua convocação para a Copa da África do Sul. Dunga preferiu deixá-los fora. A partir desta terça, os dois tentam se firmar na equipe até 2014.

Hoje, o técnico vai investir na renovação e usará esquema ofensivo (4-3-3). Apenas quatro jogadores que disputaram a Copa foram convocados. E todos devem começar a partida entre os titulares: Daniel Alves, Thiago Silva, Ramires e Robinho. O goleiro será Victor, do Grêmio. Ganso aparecerá no meio de campo e Neymar jogará ao lado de Robinho e Pato no ataque. Hernanes fica no banco de reservas.

Amistosos viram guerra entre clubes e federações

Menos de um mês depois da final da Copa do Mundo, as seleções europeias voltam a entrar em campo para amistosos. A realização das partidas se transformou em uma guerra entre clubes e federações, a uma semana do início de vários campeonatos nacionais. Os principais times europeus se queixam de que não tiveram tempo para preparar suas equipes, enquanto outros ainda denunciam federações por terem entregue jogadores que foram ao Mundial da África do Sul lesionados.

O time que mais deve sofrer é o Barcelona. Amanhã, terá apenas oito jogadores em seu campo de treinamento. Ibrahimovic joga pela Suécia; Dani Alves estará nos EUA com Mano Menezes; Messi joga pela Argentina contra a Irlanda; Cáceres, pelo Uruguai, em Lisboa; e sete espanhóis defendem a seleção campeã do mundo no México, a 2,2 mil metros de altitude. O técnico Josep Guardiola não disfarçou o mal-estar, alertando que terá apenas um dia para treinar a equipe antes do jogo de sábado contra o Sevilla, válido pela Supercopa da Espanha.

Na Alemanha, o Bayern de Munique anuncia que abrirá uma queixa formal contra a Associação Holandesa de Futebol por devolver o astro Arjen Robben seriamente lesionado – algo semelhante ao que houve com Kaká. Robben ficará dois meses parado. E o Bayern quer compensação financeira. "Se você aluga um carro, precisa devolvê-lo sem arranhões. Se isso não for possível, precisa pagar", atacou Karl Heinz Rummenigge, diretor do time alemão. "Essa lesão nos custará dinheiro".

Já as federações alegam que são os clubes quem devem pensar antes de optar por pré-temporadas em outros continentes. O Barce­­lona embolsou mais de US$ 3 milhões em uma semana em amistosos na Ásia. Pelo contrato, Messi era obrigado a jogar pelo menos 25 minutos em cada partida. O Real Madrid viajou para os EUA e outros clubes promoveram turnês pelo mundo.

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EUA x Brasil, às 21 h, no SporTV