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Mano deixa Wembley com futuro incerto na seleção | Daniel Castellano, enviado especial/ Gazeta do Povo
Mano deixa Wembley com futuro incerto na seleção| Foto: Daniel Castellano, enviado especial/ Gazeta do Povo

Choro

O jogo de ontem reuniu boa parte da comunidade brasileira em Londres – o público de quase 80 mil pessoas foi o maior para um evento dos Jogos. "O jogo foi lamentável. O Brasil entrou dormindo, de salto alto e ficou 45 minutos sem fazer nada", disse o mineiro Fernando Gomes, que está há um mês na cidade para estudar inglês e aproveitar a Olimpíada. O carioca Rodrigo Romão, que morou sete anos em Londres e voltou só para o período dos Jogos, também não gostou do resultado. "Foi horrível. A seleção estava sem vontade. Parece que o Brasil estava com a camisa do México e vice-versa", reclamou.

Apesar do vexame na decisão com o México, o técnico Mano Menezes avaliou como positiva a campanha brasileira na Olimpíada de Londres. De acordo com o gaúcho, houve crescimento na equipe com vistas ao Mundial no Brasil, em 2014, taxado por ele como meta principal.

Evolução, especialmente, no amadurecimento dos atletas. A seleção desembarcou em Londres com um time olímpico que é a base de seu conjunto principal. Os destaques do país na atualidade, casos do zagueiro Thiago Silva, do meia Oscar e do atacante Neymar, estiveram em Londres.

"O amadurecimento não vai se desmanchar por causa de uma derrota. Levamos junto com o resultado da última partida. É um aprendizado. E vai deixando os jovens mais preparados para 2014", comentou Menezes.

No entanto, resta aguardar e ver se o ex-técnico do Corinthians permanece no cargo. Ele viaja com a delegação para o amistoso com a Suécia, em Estocolmo, capital do país. Mas o futuro é incerto.

Nos próximos dias, o presidente da CBF, José Maria Marín, tratará da continuidade ou não no comando. Terá ao seu lado Marco Polo Del Nero, vice-presidente da entidade e presidente da Federação Paulista de Futebol. O primeiro gosta de Muricy Ramalho, do Santos, o segundo de Luiz Felipe Scolari, do Palmeiras.

A insegurança não constrange o atual, ou ainda dono da função. "Quando se ganha uma Copa do Mundo, o técnico nem sempre é elogiado. Imagina então quando se perde uma Olimpíada", comentou Menezes, sobre a repercussão da medalha de prata.

Já pesava sob os ombros do treinador o fracasso na Copa América do ano passado, disputada na Argentina. Somado agora à frustração olímpica, que contou com sua contribuição negativa.

Da passagem da fase inicial do torneio para a eliminatória, Menezes se enrolou em uma mudança de esquema – do 4-3-3 para o 4-4-2 – que não funcionou. E demonstrou incapacidade para reverter a vantagem mexicana no jogo de ontem.

O Brasil saiu perdendo logo aos 29 segundos, com o gol de Peralta. Mais tarde, já aos 29 minutos do segundo tempo, o camisa 9 ampliou, de cabeça. Aos 46, Hulk diminuiu.

"Não conseguimos ter competência na medida para reagir. Enfrentamos também um adversário bem trabalhado", analisou o treinador. (AP)

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