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Douglas Silva não deu sossego para o atleticano Ferreira. Sem espaço o colombiano pouco conseguiu ajudar o sistema ofensivo rubro-negro | Valterci Santos/Gazeta do Povo
Douglas Silva não deu sossego para o atleticano Ferreira. Sem espaço o colombiano pouco conseguiu ajudar o sistema ofensivo rubro-negro| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo

As chaves do jogo

Falsa impressão

A 1 minuto de jogo, Marlos deixou Ariel livre para marcar, mas o jogador chutou meio desequilibrado, pressionado pela zaga, e Galatto defendeu. Foi o lance mais emocionante do clássico.

Bolas levantadas

A principal arma do Atlético não funcionou. Pela direita, Alberto errou todos os cruzamentos. Pela esquerda, Netinho também não teve sucesso. Geninho: "A bola não passava do primeiro pau".

Marcos Aurélio

A grande contratação do Alviverde não jogou. Depois de toda a espera para a legalização do jogador, o atacante parou na marcação do Atlético e acabou deixando Marlos sobrecarregado. Foi substituído.

Placar reflete a falta de ousadia dos rivais

O Atletiba 338 foi um típico Atletiba. Ou quase. Faltou gol. Truncado, nervoso e de muita marcação. Poucas jogadas de efeito e muito suor. Transpiração que fez com que os sistemas defensivos levassem a melhor sobre os ataques – apesar de o atleticano Geninho ter optado por manter o esquema com apenas um homem de marcação (Valencia) e dois armadores (Julio dos Santos e Ferreira) no meio-de-campo, desmentindo aqueles que cogitavam a entrada do volante Jairo no lugar do atacante Júlio César.

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22 Atletibas em campo, 2 no banco de reservas e 21,5 mil na arquibancada. Mas nada foi suficiente para que as redes balançassem no Couto Pereira. Nem o ano do centenário do Coxa, nem a vontade do Atlético de melar o início da comemoração do rival.

O placar de 0 a 0 foi justo pelo domínio das defesas sobre os ataques, pela falta de entrosamento dos dois times. Se por um lado as equipes mostraram determinação, com marcação implacável e correria, por outro pouco incomodaram os goleiros. A emoção no maior clássico do estado não durou mais do que um minuto, o tempo em que Ariel, livre na grande área, recebeu de Marlos, mas chutou desequilibrado, facilitando a defesa de Gallato.

E logo o início empolgante deu lugar às declarações de véspera dos treinadores, de pesar pelo primeiro clássico do ano ser realizado tão cedo, na terceira rodada do Estadual. A reclamação se mostrou justificada após a partida, notadamente pelo cansaço além do normal das duas equipes.

"Mas é começo de temporada e a fase decisiva é lá na frente", afirmou Pedro Ken, que serve de exemplo: "Dessa vez ao menos não senti cãibras".

O resultado foi comemorado pelo Atlético e lamentado pelo Coritiba. Afinal, o Rubro-Negro manteve a liderança, dois pontos a frente do rival. E o Alviverde, que teve maior domínio na etapa final, deixou escapar a chance direta de ultrapassar o adversário.

"Viemos para dar o nosso melhor, mas como foi na casa deles e estamos na frente, foi bom", afirmou o zagueiro rubro-negro Chico, que controlou bem o atacante Ariel.

"Pelo segundo tempo merecíamos a vitória, mas faltou um pouco mais para acertar. O importante é que lá atrás continuamos segurando, dando segurança para o ataque poder crescer", disse Cleiton, defensor do Coxa que se encarregou de anular Rafael Moura.

O empate também mantém a igualdade entre Geninho e Ivo Wortmann em Atletibas. O confronto entre os dois, o segundo da história do clássico, ainda não tem gols, e começa a ser lembrado pela marcação cerrada – mesmo que as duas equipes tivessem escalações mais ofensivas, foi isso o que se viu em campo. De diferente apenas a análise dos comandantes sobre a partida. Para o atleticano, o placar foi normal; para o alviverde, injusto.

"Foi um resultado normal pelo jogo. Houve momentos em que o Atlético pressionou, outros que foram do Coritiba, e outros que a bola não parava em lugar algum. A igualdade fez justiça", analisou Geninho, que comemorou a melhora na marcação.

"O jogo foi equilibrado no primeiro tempo. Mas no segundo dominamos. Não vencemos pois não tivemos tranquilidade na finalização. Para mim foi um péssimo resultado", afirmou Ivo, que ainda tenta resolver o problema do ataque de seu time.

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Bonde

Marcos Aurélio

Estreia frustrada, só apareceu nas cobranças de escanteio e faltas. Faltou criação e mais presença na área.

Craque

Márcio Gabriel

Mostrou eficiência nos desarmes sobre Netinho e nas subidas para ajudar o meio-de-campo.

Guerreiro

Chico

Apesar de algumas faltas, mostrou muito trabalho na defesa atleticana, dando segurança a Galatto.

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