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Documento - O ex-jogador Toby (2º agachado a partir da esquerda), 47 anos, lançou ontem, durante jantar em Santa Felicidade, o livro Coritiba, Campeão Brasileiro de 1985. No trabalho, o meia narra, com a colaboração do jornalista Hélio Marques, detalhes dos 29 jogos da vitoriosa campanha. O lançamento ocorreu justamente no aniversário de 24 anos do memorável jogo contra o Bangu, no Maracanã. O preço sugerido da obra é R$ 35,00 | Pedro Serápio/ Gazeta do Povo
Documento - O ex-jogador Toby (2º agachado a partir da esquerda), 47 anos, lançou ontem, durante jantar em Santa Felicidade, o livro Coritiba, Campeão Brasileiro de 1985. No trabalho, o meia narra, com a colaboração do jornalista Hélio Marques, detalhes dos 29 jogos da vitoriosa campanha. O lançamento ocorreu justamente no aniversário de 24 anos do memorável jogo contra o Bangu, no Maracanã. O preço sugerido da obra é R$ 35,00| Foto: Pedro Serápio/ Gazeta do Povo

Marcelinho Paraíba está de volta. Na situação atual do Coritiba – 15.º, com 16 pontos, a 3 da ZR – não há melhor notícia para o torcedor. É como se o capitão fosse a materialização da esperança alviverde. Ao próprio meia, logo na sua chegada, a situação até agradava. Mas com as últimas atuações da equipe do Alto da Glória, a necessidade de fazer quase tudo sozinho começou a incomodar.

Ontem, no CT da Graciosa, de­­pois de um recreativo de dois to­­ques, o jogador quase passou despercebido na saída do treino, estava com a cara fechada, e já ia longe quando foi abordado pela reportagem da Gazeta do Povo.

Desde a partida com o Vitória, parece que o ídolo do Co­­xa tem algo mais a dizer do que apenas o trivial sobre uma partida de futebol. Depois daquela derrota, ele até se controlou, preferiu o silêncio às críticas aos companheiros. Com mais uma atuação ruim da equipe, contudo, ele acabou pe­­dindo mais colaboração.

Não é o fato de ser o atleta mais visado pela marcação, pela torcida ou imprensa que atrapalha. Nem tão pouco a pressão por ser o ídolo. Mas sim a visível acomodação que tomou parte do elenco quando Marcelinho está em campo – e, quando ele não está, a falta de atitude.

"Apesar de a marcação ser forte, está sossegado. Por eu ser jogador que costumo decidir alguns jogos, isso é normal, estou habituado. Mas é um fato que às vezes preocupa (ser tido como o salvador da pátria), até porque os torcedores também esperam um pouco mais dos companheiros, do resto da equipe. Uma equipe é feita de 11 jogadores, não apenas um que decide o jogo", afirmou.

Apenas como exemplo da dependência que o time coxa desenvolveu de seu craque, nas últimas quatro partidas em que o Marcelinho participou – Grêmio, Atlético, Vitória e Sport – o Coritiba finalizou ao gol adversário 55 vezes. Desse total, o camisa 9 foi responsável por 26 chutes.

"Por ser uma característica minha e eu ser uma das opções na bola parada, é normal que eu apareça chutando mais, mas lógico que eu prefiro que outros jogadores cheguem mais na frente e finalizem também. Se a gente conseguir esse balanço, com certeza vai ter um aproveitamento melhor", diz o jogador, que não vê como o principal problema da equipe as constantes mundanças na formação, mas sim a imutável apatia do time. "Não é falta de entrosamento o problema. O que está faltando para nós é um pouco mais de atitude. Acho que todo o jogador tem de entrar com o pensamento de procurar vencer sempre os jogos em casa e fora. Com cada um assumindo sua responsabilidade, procurando essa responsabilidade em campo, ajudando o companheiro, com certeza essa equipe vai ficar forte."

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