Márcio Azevedo quer pôr fim a “filme de terrorismo”

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Sem poder contar com o lateral-esquerdo Paulinho, suspenso, para a partida de amanhã, contra o Atlético Goianiense, o técnico Paulo César Carpegiani está em dúvida se escala o zagueiro Bruno Costa ou o jovem lateral da base Herácles. Uma opção que inclusive poderia brigar pela vaga de titular seria Márcio Aze­­vedo, mas o jogador vive nos últimos três meses um processo de recuperação de um edema ósseo no joelho e, apesar de voltar a correr nos últimos dias, só deve jogar novamente em três a quatro semanas.

Dono da camisa 6 rubro-negra desde a metade de 2008, Azevedo disputou o seu último jogo no dia 5 de junho, na derrota fora de casa para o Vitória. Depois disso, o atleta chegou a treinar 10 dias durante a Copa do Mundo, mas continuou sentindo dores e teve de parar para se tratar.

Segundo o coordenador do departamento médico rubro-negro, Edílson Thiele, o jogador sofreu "um edema ósseo no côndilo femural do joelho", o que significa que o trauma da partida fez com que o osso sofresse uma insuficiência de sangue. O meia Elano sofreu a mesma lesão na Copa do Mundo, mas como foi na canela o tempo de recuperação foi menor.

Para recuperar Azevedo, a equipe médica do Furacão fez um tratamento envolvendo hidroterapia, fisioterapia e um controle com radiologia e ressonâncias magnéticas. Após três semanas, depois de uma tentativa de volta, o jogador sentiu dores novamente e teve o tratamento reiniciado para que, com medicamentos e vitaminas, fortalecesse o local lesionado. "Hoje ele já está fazendo um trabalho de força e melhorou 80%", conta Thiele.

Diante da pior lesão na carreira, o atleta de 24 anos lembra como está sendo este período fora dos gramados. "O mais difícil é ficar parado, nunca tinha ficado tanto tempo sem jogar. É complicado demais", conta Azevedo, confirmando que está louco para retornar às partidas.

No começo do ano, o lateral-esquerdo chegou a ter propostas do Corinthians e do italiano Roma, mas o Atlético decidiu se­­gurá-lo por acreditar que o di­­nheiro da transferência não va­­lia a perda de um titular. Ainda sonhando com o futebol europeu, Azevedo está confiante que voltará à velha forma.

Fã de filmes de terror, Aze­­vedo conta que nem mesmo esse passatempo foi atrativo neste período difícil de recuperação. "Ficava em casa ‘tristão’. Nem filme tinha vontade de assistir, pegava no sono", conta.

Inclusive, mesmo com o bom tratamento recebido no CT do Caju, o jogador confessa que nenhum longa-metragem se compara ao que passou nos últimos tempos. "Foi pior. Este foi ‘terrorismo’ mesmo, o pior filme que eu assisti na minha vida. Nunca mais eu quero ver", desabafou, não vendo a hora de ajudar o Furacão na busca por uma vaga na Li­­bertadores de 2011.