Alviverdes
Pênalti
Ao reclamar do árbitro Sandro Schmidt, Pedro Ken admitiu que foi falta o lance em que o Cianorte reclamou pênalti de Vanderlei em Marquinhos, ainda no primeiro tempo. "A partir do momento em que ele não deu o pênalti perdeu a partida, ficou querendo compensar", disse o volante, que levou amarelo por reclamação. Depois tentou suavizar a declaração: "Ouvi falar (que foi pênalti). Mas se foi ou não ele tinha de ter mantido a mesma postura."
Dinélson
Ivo Wortmann comentou sobre os gols perdidos pelo meia e colocou a culpa na falta de ritmo de jogador, que estava faz quase um ano parado. Dinélson entrou contra o Cianorte e deu mais vida à equipe coxa. Ivo, contudo, só imagina escalá-lo em duas posições: na de Renatinho ou na de Marcos Aurélio. Por enquanto, sem previsão de sair do banco.
Ele não faz nada desnecessário em campo. Nada de firulas. Os passos curtos, por seus 1,68 metro de altura, na posição de quase um ponta de lança, o obrigam a imprimir uma velocidade maior do que a normal. Não há muitas opções a Marcos Aurélio a não ser a objetividade.
Invariavelmente, quando recebe a bola ele avança em direção ao gol, toca e corre para receber mais à frente ou chuta de primeira mesmo, tentando pegar o goleiro desprevenido. Passos extremamentes calculados, que fazem do jogador o goleador do Coritiba no Campeonato Paranaense e uma das peças-chave da equipe na temporada.
Até aqui, foram seis gols. Mais importante do que isso é a distribuição dos tentos. Nas cinco partidas em que Marcos Aurélio marcou, o Coxa ganhou.
Fez o gol da vitória sobre o ACP na primeira fase; marcou o primeiro no 2 a 1 sobre o Toledo; fez dois dos 3 a 1 sobre o Cascavel, no melhor momento do Coxa no Estadual; o primeiro contra o ACP no octogonal (quando a torcida já começava a ficar impaciente) também teve seu nome; e decidiu contra o Cianorte, na quinta-feira.
Além disso, deu assistência para Hugo decidir cotra o Foz e para Cleiton fazer contra o Rio Branco, na 1ª fase. No octogonal, passou para Douglas Silva contra o ACP.
"Não tinha me dado conta disso. Muito interessante. Ele é muito participativo e finalizador", diz Ivo Wortmann, surpreso por esse número ter lhe escapado.
Sabendo disso não será difícil o treinador chegar a uma outra constatação, a de que o Coritiba ainda não conseguiu vencer sem o atleta. Marcos ficou fora de quatro partidas e o ataque capengou: 0 a 0 com Iraty e Iguaçu; 0 a 1 para o Jota; 1 a 2 para o LEC.
O jogador de 25 anos que chegou ao Couto Pereira depois de uma temporada ruim no Japão quer mais.
"Sei que ainda posso melhorar", diz o jogador. "Ainda não estou no meu melhor momento, como foi no Santos e Atlético. Ainda falta um pouco. Tenho de marcar mais, pois ainda não conquistei nada."
Para Marcos Aurélio, essa melhora passa também por seus companheiros mais próximos, Marcelinho Paraíba e Renatinho, e o restante do meio de campo do Coritiba no novo esquema montado por Ivo Wortmann. Embora se diga entrosado no ataque, o jogador acha que o time ainda enfrenta dificuldades quando o trio da frente encara três zagueiros (como foi contra o Cianorte e será diante do J. Malucelli).
"Temos um pouco de dificuldade, principalmente porque, nessa situação, precisamos de mais de aproximação do meio. Quando estamos marcados procuramos abrir espaços para quem vem de trás. Pois, independentemente de quem faça o gol, mais importante é a vitória."
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