Matemática indica pressão fora de casa para o Atlético

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Para permanecer na elite do futebol brasileiro, o Atlético terá que alcançar algo que não consegue há mais de seis meses: vencer fora de casa. Isso porque três vitórias nas três partidas que terá na Baixada até o término da competição não serão suficientes para salvar o Rubro-Negro.

A conta para livrar-se da Série B aponta para a conquista de mais 13 dos 21 pontos a serem disputados. Assim sendo, pelo menos uma vitória e um empate terão que vir de longe de Curitiba. Algo complicado para um time que em 15 jogos como forasteiro perdeu 13, empatou um (o clássico Atletiba) e bateu apenas o Ipatinga, na distante primeira rodada.

Motivo para "partir para o desespero" amanhã diante do Vasco? Nem tanto. Considerando as dificuldades que serão enfrentadas em São Januário, com os donos da casa também na briga para escapar da degola, recomenda-se cautela."É claro que a vitória seria muito boa. Mas temos que reconhecer que vamos enfrentar uma equipe que vem de um resultado excepcional, que é golear o Goiás no Serra Dourada. Será um time motivado e muito provavelmente com o estádio lotado", analisa o técnico Geninho.

Além do Alvinegro carioca, o Atlético terá pela frente Figueirense, Botafogo e Náutico como visitante. Na Arena, pegará Sport, Vitória e Flamengo.

Já para os jogadores, o melhor é não deixar o que "pode ser feito hoje para amanhã". Até porque, eles sabem bem o preço das promessas não cumpridas. Desde o início do Nacional, sempre que a equipe preparava-se para um compromisso fora a conversa era a mesma: "Agora vamos vencer". E até agora, nada feito.

"Já conversamos sobre isso entre nós atletas. Não é que a gente quis adiar isso, mas o que aconteceu no campeonato fez com que chegasse nessa situação. Nossas atitudes têm que mudar. Como nos fechamos no jogo do Internacional e do Cruzeiro, podemos chegar finalmente na vitória fora de casa e mudar o nosso destino", declara o ala-esquerda Netinho.

E o zagueiro Antônio Carlos vai além. Nada melhor do que voltar a vencer nos domínios do adversário, conseguir pela primeira vez duas vitórias consecutivas e, de quebra, ainda derrubar a sina de nunca ter tido sucesso atuando em São Januário. "Não dizem que tabu é para ser quebrado? Será uma boa oportunidade", diz.