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Apesar de poder ser considerado um milagre, caso ocorra, o retorno do atacante Salvador Cabañas aos campos de futebol não é descartada pelo médico da seleção paraguaia, Aldo Martínez, que esteve na última quarta-feira (3) no hospital em que está internado na capital mexicana para visitar o jogador do América do México. Para o médico, o fato de Cabañas estar vivo, depois de ter sido gravemente ferido na cabeça com um tiro à queima-roupa num bar da Cidade do México, na madrugada do último dia 25, já pode ser considerado um milagre.

Em entrevista ao "SporTV", Aldo Martínez, prefere não fazer previsões sobre a volta do atacante aos campos de futebol. "É impossível de prever. Seria entrar no campo das divindades, das presunções. Não há base médica para dizer sim, não para uma pessoa que normalmente, por estatística, sabe-se que morre em um evento assim. E estar vivo, estar conversando, estar comendo, já isso é quase um milagre, se já não é um milagre", disse.

No entanto, o médico acredita que possa haver outro milagre, ou seja, Cabañas defender a seleção paraguaia na Copa do Mundo da África do Sul, que tem seu início para daqui a cerca de 120 dias. "Já ocorreu um milagre, pode ocorrer outro. É difícil, em teoria não poderia, mas as teorias médicas caem diante das evidências. Não se pode saber se Salvador estará em condições. É difícil? Evidentemente, é difícil, mas não se pode confirmar, nem descartar".

O médico acrescenta que diante da gravidade do caso, a evolução da saúde do jogador é surpreendente. "Dentro do que se podia esperar, do tempo que se passou do atentado ele está bastante estável, com movimentação de membros. Ele está lúcido, está conversando, inclusive comendo com as limitações lógicas da ferida que tem. Mas a evolução tem sido muito boa, surpreendente, inclusive para o neurocirurgião que o atendeu (Ernesto Martínez Duhart), que está acostumado com esta gravidade de quadro. Estamos com a esperança de que tudo siga melhorando, que ele saia da zona de perigo que ele ainda se encontra".

Perguntado se ainda existe perigo, Aldo Martínez, respondeu sem hesitar. "Sim, sempre. Esse edema persiste, a inflamação do cérebro persiste e, por consequência, o perigo também. Sem contar toda parte multifuncional, a parte pulmonar, renal etc, que tem de controlar e que estão controlando".

Sobre possíveis sequelas, o médico da seleção paraguaia disse que também não se pode responder a esta pergunta no momento. "É muito difícil precisar, só o tempo poderá dizer. tem de se fazer exames dia a dia e se vão solucionando os problemas à medida que vão aparecendo. Mas hoje não sei", afirmou.

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