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A inacreditável história da ala Sílvia, da seleção brasileira, que ficou grávida sem saber e teve seu filho, prematuro, de sete meses, apenas três dias após tomar conhecimendo da gravidez, foi abordada nesta quinta-feira pelo médico da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), dr. Carlos Eduardo Marques, que esteve nos estúdios do Sportv, para a gravação do programa Momento Olímpico, que vai ao ar neste sábado, às 21h30. Segundo ele, casos como o da jogadora são raríssimos e costumam ser rastreados não em exames médicos, mas triagens que são feitas através de entrevistas com as atletas.

- As avaliações físicas pré-participação (em competições) visam procurar patologias graves. Mas existe um questionário que fazemos às atletas que busca justamente isso, se elas tomam métodos contraceptivos, se a atleta tem vida sexual ativa, se há ausência de menstruação. Dependemos de informação da atleta. Por isso essa entrevista prévia é muito importante. O caso dela foi muito raro. De qualquer forma, acho que serve de alerta, para que se façam campanhas de informação, até mesmo para que as atletas evitem não apenas uma gravidez indesejada, mas DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) - disse o médico da CBB.

A notícia veio a público após o nascimento de Luis Fernando, que teve apenas sete meses de gestação e teve de sair direto da barriga da mãe para uma Unidade de Terapia Intensiva, devido a sua fragilidade. O bebê nasceu com 31cm e pouco mais de 1 kg. Como toma anticoncepcionais regularmente, Sílvia já não menstrua há algum tempo. De acordo com o dr. Carlos Eduardo Marques, o fato de a jogadora ter continuado com o método contraceptivo não foi prejudicial à criança.

- Ela fazia uso de um contraceptivo de microdosagem, que é usado por atletas para não menstruarem. Talvez o grande erro desse contraceptivo é o esquecimento. Toma um dia, esquece no outro e depois toma três seguidos. Não adianta. A notícia é que o neném está bem. Esses contraceptivos, usados em baixa dose, são basicamente de progesterona, o que não traria prejuizos ao feto - explicou o dr. Carlos Eduardo, que fez questão de afirmar: - Gravidez não é doença.

Quando se apresentou, no Rio de Janeiro, à seleção brasileira, para a disputa da Copa América, em setembro passado, na República Dominicana, Sílvia já estava grávida e os exames feitos pela CBB não detectaram a gravidez. Ela já havia feito um ultrassom anteriormente, em São Paulo, que também não indicou nenhuma presença de um feto.

- Existem dois tipos de ultrassom. O pélvico (obstétrico) e o abdominal. Parece que o que foi feito em São Paulo foi o abdominal. O que o Comitê Olímpico determina é que façamos exames físicos, buscando, principalmente, problemas no coração. Até fazemos ulrassom pélvico, mas apenas quando há queixas sobre a região. Nesses casos, acabamos encontrando cistos, e coisas do tipo. Mas esses exames só são feitos justamente após aquelas entrevistas com as atletas, caso elas comentem sobre alguma anormalidade - disse o médico.

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