• Carregando...
 | Daniel Castellano / Agência de Notícias Gazeta do Povo
| Foto: Daniel Castellano / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Aos 18 anos de idade, o meia Dudu ainda não deixou para trás o jeito de moleque. O sotaque, meio goiano, meio mineiro, continua carregado. Aparentemente tímido, pronuncia palavras a conta-gotas. Nem por isso, depois de quase quatro meses em Curitiba, o jovem atleta se acanha. Pelo contrário, dentro de campo, o baixinho (1.66m) assumiu a camisa 10 do Coritiba com naturalidade. Ascensão rápida, que veio sem alarde.

"Vim do Cruzeiro com o objetivo de jogar. De pouquinho em pouquinho, fui me encaixando no grupo. Tinha na minha cabeça que as dificuldades seriam grandes, mas me dediquei nos treinos e agarrei a primeira oportunidade que tive. Quero manter o ritmo e ajudar o Coritiba nesta campanha em busca da Primeira Divisão", disse o jogador, por telefone, à Gazeta do Povo.

A chance no Alviverde [empréstimo até o fim da temporada] veio por indicação de um velho conhecido. Ney Franco conhece Dudu desde a época de treinador das categorias de base da Raposa. E os conselhos daqueles dias continuam valendo. "Cabeça no lugar" e "partir para cima no um contra um" é o que técnico mais pede, revelou o jogador nascido em Goiânia, mas que vivia em Belo Horizonte desde os 12 anos. Soltar a bolar, fazer o jogo correr, também. "Às vezes tenho que tocar mais rápido, chutar para o gol antes, não segurar tanto", contou o veloz meia-atacante.

Apesar de ter chamado a atenção com boas apresentações, em nove partidas até aqui pela Série B, Dudu ainda não marcou com a camisa coxa-branca. No entanto, deu duas assistências e é o vice-líder no quesito passe para gol do time, atrás apenas de Rafinha. A falta de gols não assusta: "na hora que precisar, vai sair", garantiu, ao mesmo tempo em que se justificou, dizendo que prefere cumprir o papel de armar as jogadas ofensivas.

Para o goiano, a animadora campanha da equipe na competição – vice-liderança e nove partidas de invencibilidade – é reflexo da qualidade do elenco alviverde, e que no fim do ano a torcida pode esperar por um grande presente.

"O time todo está bem. Quando precisa sair alguém, quem entra mantém o nível. É um trabalho que vem desde o Paranaense e que nos dá grande esperança de conquistar o título da Série B".

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]