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O olhar já não é mais o mesmo que intimidava seus oponentes no ringue. Mike Tyson tem mais luz neles e enxerga a sua vida pregressa de maneira crítica. Não se orgulha do que foi e do que fez. Muito menos do episódio com Evander Holyfield, que teve um pedaço de sua orelha arrancado por uma mordida de Tyson, na luta válida pelo título mundial dos peso pesados da Associação Mundial de Boxe.

Naquele 28 de julho de 1997, a atitude foi impulsionada pelo uso de drogas. A revelação foi feita pelo pugilista de 44 anos, durante uma entrevista para o jornal inglês The Guardian, na qual ele baixou a guarda.

"Eu não estava pensando sobre boxe quando o mordi. Eu não me importava com o boxe. Eu estava errado quando fiz aquilo, muito errado, louco. Eu estava nas drogas, só pensava nelas. Eu pensava que era Deus", disse Tyson, que encerrou a carreira em 2005.

Ele compara a sua vida a um furacão, com muita destruição. Hoje, admite que não pode viver como viveu no ringue, sempre no extremo. E vem tentando aprender a se amar, depois de tanta autodestruição, que piorou depois da morte de Cus D'Amato, seu mentor, em 1985.

"Minha vida inteira foi uma mentira. Quem sou eu? Não imaginei que chegaria a essa idade. Me sinto incomodado quando as pessoas me adoram e me querem. Me sinto sujo".

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