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Presidente Rubens Bohlen durante anúncio de mudanças no Paraná, que incluem troca de CT, ações de marketing e negociação por novo estádio | Felipe Rosa/ Tribuna
Presidente Rubens Bohlen durante anúncio de mudanças no Paraná, que incluem troca de CT, ações de marketing e negociação por novo estádio| Foto: Felipe Rosa/ Tribuna

Patrimônio

Presidente assegura que o clube vai manter o Ninho da Gralha

O presidente Rubens Bohlen garantiu ontem que o Paraná não vai perder o CT Ninho da Gralha, em Quatro Barras. O imóvel, onde treinam as categorias de base, foi dado como garantia no processo movido pelo empresário Léo Rabello, como parte da rescisão pela venda do meia Thiago Neves, em 2007. Entretanto, o juiz Irineu Stein Júnior, da 3ª Vara Cível de Curitiba, decidiu que o CT não pode ser usado para tal fim. A decisão judicial foi emitida a pedido da Base, antiga parceira tricolor na formação de jogadores, que alega ter uma cláusula no contrato com o clube de que "o Paraná Clube não poderá dar o imóvel citado em garantia de qualquer operação comercial, processo ou outros negócios, bem como não nomeá-lo à penhora em nenhuma ação judicial".

A proibição levou Rabello a acusar Bohlen de estelionato na semana passada. A alegação é de que o Ninho já havia sido assegurado a ele como garantia na negociação de Thiago Neves. "O Paraná não está perdendo o Ninho da Gralha. Existe uma situação que vem sendo tratada com muita seriedade e competência por essa diretoria. Ao invés de falar que estamos perdendo, gostaria de falar que estamos agregando patrimônio ao clube", disse Bohlen.

O sonho de trocar a área da Vila Capanema por um novo estádio no terreno da Vila Olímpica do Boqueirão segue vivo no Paraná. O presidente Rubens Bohlen confirmou, na tarde de ontem, que o clube vai retomar as negociações com a prefeitura de Curitiba para que a transação seja concluída.

"Houve um descompasso em função das eleições. Nós já fizemos a entrega das necessidades, do que o Paraná almeja. Este documento foi entregue ao prefeito Gustavo Fruet. Então, já está formalizado o que o Paraná pretende", afirmou Bohlen.

A prefeitura, por sua vez, confirma a informação revelada pelo mandatário. Segundo a comunicação social da prefeitura, a proposta paranista está sendo analisada por uma equipe técnica que deverá dar uma resposta sobre a viabilidade do negócio dentro de 40 dias.

"Os dois terrenos [Vila Capanema e no Bo­­quei­rão] serão avaliados para saber se a negociação é possível dentro dos limites financeiros da prefeitura. Somente quando essa avaliação for concluída é que poderemos dar continuidade ao processo", informa o município.

A proposta é de que o governo federal, dono do espólio da extinta Rede Ferroviária Federal, proprietária original do terreno de 55,3 mil metros quadrados no bairro Jardim Botânico, doe a área à prefeitura para a construção de um complexo de prédios da administração municipal. Em troca, o Paraná seria indenizado pelo município com a construção de um estádio no terreno da Vila Olímpica do Boqueirão.

"Em termos de negociações, ainda estamos aguardando algumas definições por parte da prefeitura para levar adiante este projeto", conclui Bohlen.

A ideia inicial da prefeitura vislumbra centralizar, no atual terreno onde fica a Vila Capanema, todos os órgãos do Executivo, hoje espalhados em sedes locadas pela cidade. O pólo municipal teria um edifício de dez pavimentos.

Além do terreno do estádio, o projeto aglutinaria onze imóveis ao lado, hoje administrados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) que seriam cedidos à prefeitura. Estaria contemplada, ainda, a construção de uma nova Câmara de Vereadores, hoje localizada em prédio histórico no centro da cidade. O valor total do Centro Administrativo giraria em torno de R$ 450 milhões.

O presidente Rubens Bohlen realizou o anúncio das negociações com a prefeitura durante a oficialização do CT Barcelos como a nova casa do futebol profissional tricolor, pelos próximos quatro anos — o aluguel da estrutura será bancado pela empresa de cosméticos Racco que, em troca, vai explorar o naming rights do local.

Colaborou: Bruna Bill.

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