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O procurador-geral de Justiça Olympio de Sá Sotto Maior Neto declarou na tarde desta segunda-feira (7) que o Estádio Couto Pereira será interditado até que se identifiquem e corrijam todas as falhas de segurança no local. Ele ainda afirmou que o Ministério Público está trabalhando na identificação dos envolvidos dos distúrbios acontecidos após o final de Coritiba x Fluminense neste domingo (6). "O MP vai estar acompanhando e separando todas as condutas. Pediremos prisão preventiva nas mais graves", afirmou Sotto Mayor.

A decisão foi tomada após uma reunião entre ele e os procuradores da área criminal e do consumidor em que foi feita a divisão do trabalho da justiça em três frentes. A primeira delas é criminal e buscará identificar os culpados e verificar se há vínculos entre eles e as torcidas organizadas. Isso ficará a cargo de dois procuradores da Assessoria Criminal da Procuradoria-Geral.

A segunda frente ficará por conta do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Defesa do Consumidor e trabalhará para o cumprimento do Estatuto do Torcedor e do Código de Defesa do Consumidor. Uma parceria entre a promotoria e o Conselho Regional de Engenharia (CREA) analisará as falhas do estádio e apontará soluções possíveis. Dentro disso, será pedida a interdição ao Coritiba e à CBF administrativa do local até que ofereça condições de segurança. Na tarde desta segunda-feira, o procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schmitt confirmou a fechamento preventivo do Couto Pereira até o julgamento da ação.

Ainda dentro da segunda frente, o Ministério Público fará a proposta oficial às torcidas organizadas de um termo de ajustamento de conduta em que elas deverão passar por cadastramento para que evite-se o uso do anonimato para a prática de crimes. Uma reunião será marcada nos próximos dias para a apresentação do termo.

A terceira frente fará proposta ao Tribunal de Justiça para que o Juizado Especial Criminal passe a ter um plantão durante os jogos e que os promotores e magistrados que atuem no plantão tenham poder para atuar em medidas de urgência em casos mais graves como homicídio, lesão corporal grave, dano qualificado e rixa qualificada em eventos esportivos. "Iremos dar resposta rápida e com rigor à violência", afirmou o procurador-geral Olympio de Sá Sotto Mayor Neto.

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