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Carlos Arthur Nuzman, do Comitê Olímpico Brasileiro, recebe ministra britânica Tessa Jowell | Bruno Domingos / Reuters
Carlos Arthur Nuzman, do Comitê Olímpico Brasileiro, recebe ministra britânica Tessa Jowell| Foto: Bruno Domingos / Reuters

A ministra britânica para os Jogos Olímpicos de 2012, Tessa Jowell, deu coletiva na sede do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), no Rio de Janeiro, nesta terça-feira. Após reunião com o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, na qual apresentou o projeto de Londres e recebeu informações sobre a candidatura do Rio para 2016, a ministra preferiu não dar sua opinião sobre qual candidata está mais apta a receber uma edição das Olimpíadas. Ela, porém, afirmou estar satisfeita com o que ouviu do projeto brasileiro.

"É um grande prazer estar aqui e compartilhar toda a experiência do que aprendemos até aqui. Julgando pela paixão, pela convicção e pela clareza com que o projeto foi apresentado, o Rio é uma cidade apta. Não é minha função julgar, mas estou impressionada. Se conseguirem desenvolver argumentos para responder às questões do COB (Comitê Olímpico Internacional), o Rio tem chances", afirma a ministra, ressaltando que também gostou dos projetos de Chicago, Madri e Tóquio, as outras candidatas a sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

Tessa Jowell também falou sobre os pontos que ela considera importante em uma candidatura olímpica. Para ela, é uma grande oportunidade para a cidade-sede educar os jovens através do esporte e gerar benefícios a longo prazo para a população. Para isso, ela cita como exemplo a construção da Vila Olímpica para 2012. A obra está sendo feita na zona leste de Londres, parte decadente da cidade. "Fizemos cinco grandes promessas em nossa candidatura, sendo duas delas a regeneração do leste de Londres e a integração dos jovens pelo esporte. Estamos investindo em reformas onde a cidade precisa. O público é levado a crer que tudo é gasto em fogos de artifícios, mas, na verdade, 3/4 do investimento é feito em benefícios de grande duração. É preciso deixar um legado após os Jogos".

Bem-humorada, a ministra britânica brincou com o fato de estar presente em Interlagos no último final de semana quando seu conterrâneo, Lewis Hamilton, tornou-se o campeão mundial mais jovem de F-1, dizendo ser este um de seus objetivos na visita ao Brasil. O segundo, diz ela, é mostrar o "Programa de Inspiração" inglês, que investe em cidades em desenvolvimento por todo o mundo. O projeto, inclusive, atinge o Brasil, com o auxílio a duas escolas em Recife, Pernambuco. Segundo ela, este é mais um ponto que deve ser inserido na candidatura brasileira.

"Minha vinda teve dois objetivos: além da chance inesperada de ver Lewis ser campeão - e fiquei muito feliz de poder me encontrar com ele e desejar-lhe sorte -, encontrar com Carlos (Nuzman) e poder transmitir o "Programa de Inspiração". Além do Brasil, nosso projeto está acontecendo no Azerbaijão, na Índia, em Palau e na Zâmbia. Tenho esperanças que as próximas candidaturas passem o projeto à frente por um fator multiplicador. E me dá um enorme prazer o fato de Carlos me dar apoio".

Nuzman reforçou a importância do apoio britânico à candidatura do Rio.

"Estamos honrados com a visita. Estamos trocando informações com o Comitê olímpico Britânico. Estivemos juntos em Pequim, em Londres também. A organização de Londres 2012 é nossa inspiração. Vamos procurar seguir o mesmo caminho, de conquistas e entregas à juventude, que Londres. Vamos carregar o mesmo bastão no Rio em 2016, dando continuidade ao trabalho com a juventude", diz.

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