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O presidente do Paraná, José Carlos de Miranda, encontrou o maior responsável pela derrocada do time no Brasileiro. Ele mesmo. Depois de se aproximar da liderança da competição na última rodada do primeiro turno, o Tricolor sofreu três derrotas seguidas e caiu para o sexto lugar.

O início da série de reveses foi o mais traumático. Diante do São Paulo, no Morumbi, os paranistas venciam por 2 a 1 até a metade do segundo tempo, mas permitiram a virada para 3 a 2.

O resultado, que impediu a equipe de Caio Júnior de vencer o título simbólico da metade inicial do Nacional, é apontado como fundamental para a "virada de fio psicológica" do grupo, como define o dirigente – após o São Paulo vieram maus resultados com o Juventude, perdeu por 1 a 0, em casa, e ante o Botafogo, tomou de 4 a 0, no Rio.

"Houve uma ansiedade muito grande de todos para vencer o primeiro turno. Seria a maior conquista da história do clube e agimos errado com essa expectativa. Principalmente o presidente", assume Miranda.

A ansiedade pode ter sido maior ainda para dois jogadores que atuaram nos três jogos seguidos em que a equipe perdeu: o zagueiro Gustavo e o ala-direito Angelo que podem perder a vaga na formação titular.

A dupla por pouco não foi negociada com o futebol europeu nos últimos dias da janela de transferências para a Europa, que fechou quinta-feira. O desacerto nas transações estaria tendo reflexos dentro de campo.

"O ser humano está sempre propenso à instabilidade emocional quando alguma transação não se concretiza. Empresários e parte da imprensa criaram isso, que nos prejudicou muito", reclama o dirigente, que havia reconhecido anteriormente proposta oficial por Angelo, vinda do Genoa, da Itália.

Agora, com 31 pontos (oito de distância para o líder São Paulo), o clube da Vila Capanema se vê obrigado a conseguir um bom resultado amanhã, contra o Grêmio, em Porto Alegre, para não se distanciar da zona da Libertadores.

Um triunfo no Rio Grande do Sul também devolveria a confiança para o maior sonho tricolor do ano: a Copa Sul-Americana. Quarta-feira, os paranistas iniciam a disputa continental contra o Atlético, no Pinheirão.

"O trabalho de um ano inteiro não pode ser jogado fora agora. Sempre converso muito com os jogadores e agora não foi diferente. O futebol brasileiro é nivelado por cima e vamos superar esse momento difícil", avalia o mandatário do Paraná.

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