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Muhammad Ali acerta golpe em cheio no também norte-americano George Foreman para recuperar o título de campeão dos pesos-pesados | Ed Kolenovsky/ Associated Press-AE
Muhammad Ali acerta golpe em cheio no também norte-americano George Foreman para recuperar o título de campeão dos pesos-pesados| Foto: Ed Kolenovsky/ Associated Press-AE
  • Cartaz do filho pródigo no ginásio em que Muhammad Ali deu os primeiros golpes
  • Ali durante jogo de beisebol nos EUA, já sofrendo de Mal de Parkinson

O ícone do boxe completa hoje 70 anos. Muhammad Ali é para muitos o melhor pugilista da história e um dos esportistas mais influentes de todos os tempos. Mundialmente conhecido pela sua maneira de lu­­tar, despontou também pelas suas posições políticas. O Mal de Par­­kin­­son levou o vigor físico, mas ne­­nhum golpe conseguiu abalar o seu carisma. Mesmo 30 anos afastado dos ringues, doente e sem po­­der dar entrevistas, mantém a po­­pularidade que o consagrou.

Nascido Cassius Marcellus Clay Jr, em Lousville, Kentucky (EUA), descobriu o boxe aos 12 anos, quando teve a sua bicicleta roubada. Um policial o aconselhou à épo­­ca a ir treinar antes de tentar reaver a bicicleta na violência. Lo­­go depois, Clay estreava no amadorismo com uma vitória por pontos, após três minutos, diante de Ron­­nie O’Keefe. A primeira bolsa do futuro campeão mundial dos pe­­sos pesados foi de apenas US$ 4.

Alguns anos mais tarde, após se sagrar campeão olímpico em 1960, Cassius Clay começou a carreira profissional. Com 19 lutas e 22 anos, chegou como zebra na pro­­porção de 7 por 1 para enfrentar Sonny Liston. Venceu e assombrou o mundo. "Sou o maior", gritou após o nocaute no sétimo assalto. Pouco depois, se converteu ao islamismo e tornou-se Muham­­mad Ali.

Em 1967, se recusou a integrar o exército norte-americano na Guerra do Vietnã. "Nenhum viet­congue me chamou de crioulo, porque eu lutaria contra ele?", disparou. Com frases como essa, Ali demonstrou toda a incoerência da Guerra, mas também perdeu o tí­­tulo. Sua volta ao boxe aconteceu somente em 1970.

Um ano depois, perdeu a in­­vencibilidade para Joe Frazier. Pre­­ci­­sou esperar três anos para recuperar o cinturão. Voltou a ser cam­­pe­­ão, aos 32 anos, após bater Geor­­ge Foreman. Em 1979, anunciou a aposentadoria, mas voltou em 1980 para perder para Larry Hol­­mes e, no ano seguinte, pa­­ra Trevor Berbick. Pen­­durou, de vez, as luvas aos 39 anos.

Eleito "Esportista do Sé­­cu­­lo", pela revista Sports Illustrated e "Personalidade do Século" pela BBC, foi nomeado o "Men­­sageiro da Paz", pela ONU. Um dos feitos longe dos ringues foi conseguir que o ditador Sad­­dam Hussein libertasse 14 prisioneiros norte-americanos que estavam em Bagdá, em 1990.

Em 1984, aos 42 anos, revelou que sofria do Mal de Par­­kin­­­son. Não se entregou à doen­­­­ça e usou de sua fama e fortuna pa­­ra apoiar pesquisas da cura. O que seria a sua maior vitória.

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