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Em oito jogos pelo Brasileiro, Santiago García marcou apenas dois gols: cobranças sobre o atacante já começaram | Marcelo Elias/ Gazeta do Povo
Em oito jogos pelo Brasileiro, Santiago García marcou apenas dois gols: cobranças sobre o atacante já começaram| Foto: Marcelo Elias/ Gazeta do Povo

Imagine um centroavante que chuta apenas uma bola ao gol em todo o jogo. Em oito apresentações, acerta no máximo dois dribles. Para piorar, custou R$ 7 milhões. É a síntese do uruguaio Santiago García no Atlético.

Conforme levantamento do Datafolha, enquanto esteve em campo neste Brasileiro, El Morro arrematou um total de dez bolas ao gol – uma média de 1,3 por partida. Dessas, cinco acertaram a meta adversária, com dois gols marcados.

Números muito abaixo do próprio Atlético. O time da Baixada faz, em número ponderado, 12,7 finalizações por rodada.

Muito criticado, o atacante de 20 anos tende a ficar de fora do confronto de amanhã, contra o Cruzeiro, às 19h30, na Arena. Com isso, Edigar Junio surge como o provável camisa 9 do Furacão.

Se as comparações forem feitas com outros centroavantes, a fase ruim da maior contratação da história do futebol paranaense também é evidente.

O camisa 9 do rival Coritiba, Bill, por exemplo, finaliza 2,8 vezes por confronto, mais que o dobro do uruguaio. O próprio Edigar Junio tem uma média parecida (1,2), e a diferença é que ele atuou 137 minutos neste Nacional, contra 548 do uruguaio.

"É muito provável que ele fique de fora contra o Cruzeiro", admitiu o gerente de futebol, Paulo Rink. No entanto, o motivo não é técnico. O uruguaio estaria sentindo dores no pé, o que o fez passar o dia de ontem fazendo exames médicos, que serão complementados com uma ressonância magnética hoje para que seja formulado o parecer médico.

Diante dos números ruins do atacante desde que chegou ao Atlético, Rink assume que o desempenho não está dentro do esperado, mas espera a confirmação do estado médico para fazer qualquer cobrança.

"Não é o ideal [um centroavante chutar cerca de uma bola ao gol por jogo]. Mas se ele estiver com uma lesão, temos de averiguar clinicamente para depois cobrar o lado técnico", falou o gerente. "Às vezes, por ser um atleta novo, está escondendo uma dor com a ideia de querer jogar. É complicado", completou.

De acordo com o jornalista Daniel Rosa, do jornal uruguaio El País, o camisa 20 necessitou de seis meses para se adaptar quando entrou no time profissional do Nacional, em 2007. Um tempo que o Furacão não tem na luta contra o rebaixamento. "Mas quando ele encaixou no time, começou a fazer gols e não parou mais", garantiu Rosa, dando uma esperança à torcida atleticana.

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