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Brasília – Apesar da relação estremecida de hoje, política e futebol já andaram de mãos dadas no Paraná. Nos "bons tempos" de 2002, Renato Assis Rolim de Moura, irmão de Onaireves, recebeu R$ 50 mil da CBF para financiar a campanha a deputado federal pelo extinto PSD. Fez 1.475 votos, menos da metade suficiente para eleger-se vereador de Curitiba.

No mesmo ano, o ex-presidente da FPF candidatou-se a deputado estadual, também pelo PSD. Embalado pela conquista do penta, distribuiu milhares de réplicas da Copa do Mundo pelo estado. Recebeu 6.339 votos, um quarto do necessário para se eleger. Antes, havia sido deputado federal entre 1991 e 1993, quando foi cassado.

Há quatro anos, o relacionamento entre Onaireves e Ricardo Teixeira ainda era intenso. Graças ao entrosamento, Curitiba recebeu dois importantes jogos das Eliminatórias. Em 2001, o Couto Pereira foi a casa do confronto brasileiro contra o Chile e, em 2003, o Pinheirão abrigou o jogo contra o Uruguai.

Entretanto, após as três prisões de Onaireves, a última delas na semana passada, sobrou pouco da amizade com o presidente da CBF. Segundo um parlamentar paranaense, Teixeira teria prometido não pisar mais no Paraná enquanto o ex-aliado ainda tivesse força no futebol do estado.

Os outros dois parceiros históricos do cartola no estado foram José Borba e José Janene, membros da CPI da Nike da Câmara, entre 2001 e 2002. Ambos renunciaram ao mandato de deputado após denúncias de envolvimento com o mensalão, em 2005.

Regionalmente, a última tabelinha política de Onaireves foi com o PMDB. Em 2003, ele transferiu todos os nomes de sua base no PSD para o partido do governador Roberto Requião. A debandada fez com que o grupo apoiado por Requião conquistasse o comando do diretório da legenda na capital.

Onaireves permaneceu filiado ao partido até 2004, quando perdeu os direitos políticos. O irmão, Renato, segue no PMDB. Apesar da ligação política, Requião não interveio a favor de Onaireves na escolha de um novo estádio onde hoje é o Pinheirão como indicação do Paraná a sede da Copa de 2014. O governador também mantém distância das decisões políticas sobre o Mundial. (AG)

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