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O "salto" de Ricardo Teixeira sobre o Paraná na terça-feira, quando visitou os governadores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo para tratar sobre as sedes da Copa de 2014, não preocupa Onaireves Moura. O presidente da Federação Paranaense de Futebol também planeja o seu "pulo" para garantir Curitiba como uma das sedes do Mundial.

Da janela de seu gabinete, no Tarumã, o dirigente máximo do futebol estadual espera estar dando as últimas olhadas para o seu filho mais famoso: o Pinheirão. A área de 160 mil metros quadrados do terreno ao lado da federação seria a primeira opção para o projeto de construir um estádio nos moldes exigidos pela Fifa e que, se confirmada a realização da Copa do Mundo no Brasil, garantiria a capital do estado como uma das sedes da competição.

"É claro que tudo ali teria de ser destruído. Mas a escolha do local dependerá do investidor. Se ele quiser no CIC, por exemplo, será lá. O dinheiro é dele", revela Moura.

O parceiro da FPF já existe. É uma empresa da Europa, cujo nome é mantido em sigilo, mas que tem participação nas obras do Pan. Ela seria a responsáve l por entrar com o dinheiro e fazer o projeto que será apresentado em meados de maio. O custo da obra estaria em torno dos US$ 50 milhões. O tempo de construção, dois anos.

Moura faz uma ressalva: "(o estádio) só será construído se o investidor tiver a garantia de que a obra será utilizada na Copa" – algo semelhante ao que a MSI propôs ao Corinthians e não deu certo. No caso de ser aprovada e garantida como sede, a obra ficaria pronta com quatro anos de antecedência, em 2010.

A idéia não parece ser nova, mas ainda está em desenvolvimento. Há momentos em que Moura se demora pensando para responder. O dirigente ainda anda meio arredio com a imprensa, dá pouquíssimas entrevistas, mas abriu uma exceção pelo assunto se tratar da Copa. Antes de levar o projeto ao conhecimento restrito dos clubes, estado e CBF, resolveu por uma medida mais impactante: contar à população.

A maquete da praça esportiva deve ficar pronta em 45 dias e será feita em cima das seguintes características: estádio com capacidade para 60 mil pessoas, ginásio para realização de shows e partidas de outros esportes, área coberta para realização de feiras, shopping center e hotel agregado ao complexo.

A característica principal, no entanto, é a de que o estádio seja autosustentável, continue em uso após a Copa. "Essa passou a ser também uma das exigências da Fifa, que não quer que se repita o que aconteceu na Coréia, por exemplo", explica Moura.

Mesmo com os boatos de que a relação de Moura e Ricardo Teixeira estaria estremecida, o dirigente regional afirma ter conversado com o presidente da CBF e recebido sinal verde. "Ele pediu para apresentarmos o projeto. O Ricardo disse que nenhum estádio hoje tem condições de atender o caderno de encargos da Fifa. Então terão de ser construídos estádios novos. E aí acho que o Paraná já sai na frente, pois tenho certeza de que nenhum desses estados que ele visitou apresentou algum projeto", afirma Moura.

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Interatividade

O novo estádio proposto por Moura é a melhor opção para Curitiba receber a Copa?

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