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Com sua inauguração marcada para esta sexta-feira (21), após passar por uma grande reforma visando a Copa do Mundo de 2014, o novo Mineirão se tornou alvo de críticas do Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF/MG), que apontou problemas de acessibilidade no local.

Por meio de nota em seu site oficial, o MPF destacou que "representantes do governo do Estado de Minas Gerais recusaram-se a assinar termo de ajustamento de conduta (TAC) para adequação das obras de reforma do Mineirão às normas de acessibilidade", em reunião realizada na última segunda-feira.

De acordo com vistoria realizada pela perícia técnica do MPF e do Ministério Público do Estado, o Mineirão "constatou vários problemas no estádio, entre eles, falta de lugares reservados em quantidade suficiente, nas arquibancadas, para pessoas obesas e com mobilidade reduzida; falta de demarcação no piso dos espaços reservados para cadeirantes e falta de assentos para acompanhantes".

Em seguida, a nota oficial completou que "faltariam ainda guichês acessíveis nas bilheterias, telefones e bebedouros acessíveis, como também indicações de acessibilidade em elevadores, escadas e corrimões" e que "a própria sinalização do estádio não permitiria o deslocamento seguro das pessoas com deficiência, porque não há indicação da rota acessível".

A procuradora regional dos direitos do cidadão em Minas Gerais, Silmara Goulart, criticou as falhas de acessibilidade do Mineirão.

"Um estádio de futebol moderno deve facilitar, e não dificultar, a vida do cidadão portador de deficiência. Afinal, a política de inclusão social, que fundamenta as adequações arquitetônicas em prédios e construções, também está no cerne da realização de eventos como a Paralimpíada, por exemplo. Por isso, é inadmissível que um estádio recém-reformado não esteja totalmente adaptado para, no futuro, eventualmente, vir a sediar esse tipo de evento", disse ela.

Após as críticas do MPF, os responsáveis pelas obras do Mineirão garantiram que a questão das arquibancadas já teria sido resolvida, com a reserva de 1% dos assentos para pessoas com deficiência e outro 1% para seus acompanhantes, assim como asseguraram que algumas das irregularidades apontadas pelo relatório técnico da perícia já foram corrigidas.

Severino Braga, representante da Secopa, por sua vez, minimizou o impacto dos problemas de acessibilidade apontados pelo órgão, enfatizando que nesta sexta-feira acontecerá apenas uma "entrega simbólica do Mineirão". Embora a inauguração do estádio esteja marcada para esta sexta, o local só receberá o seu primeiro jogo de futebol, após sua reforma, em 3 de fevereiro, com o clássico entre Atlético-MG e Cruzeiro pelo Campeonato Mineiro.

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