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A Copa da Alemanha apresenta uma nova divisão política no futebol internacional. Com a definição ontem das 32 seleções que irão ao Mundial 2006, a América do Sul – com nove títulos do torneio – entrou para o terceiro escalão da bola. Terá menos representantes que a Europa e a África.

Essa inédita perda de representatividade só foi possível graças à eliminação do Uruguai na repescagem para a Austrália. Sem o time de Lugano e Recoba, a Conmebol se fará presente com apenas quatro países: Argentina, Brasil, Equador e Paraguai. O número é similar ao destinado à Concacaf (América Central e do Norte) e Ásia.

Os africanos – que jamais chegaram a uma semifininal – contarão com cinco equipes: Angola, Costa do Marfim, Gana, Tunísia e Togo. O Velho Continente – com oito conquistas e força incomparável nos bastidores – manteve a dianteira de vagas. No evento germânico, haverá 14 europeus na disputa. Assim mesmo, nota-se uma singela perda, pois na edição 2002 (Coréia-Japão) foram 15 os selecionados pela Uefa.

Para chegar a essa configuração, além do sucesso australiano sobre os uruguaios, Trinidad e Tobago precisou eliminar o Bahrein; a República Tcheca passou pela Noruega; a Suíça despachou a Turquia; e a Espanha eliminou a Eslováquia.

Com a definição dos classificados, a Fifa já começa a ter um esboço de como será a Copa do próximo ano. Em 6 de dezembro, a entidade revela os oito cabeças-de-chave. Sabe-se apenas que Brasil (atual campeão) e Alemanha (país-sede) estão na lista. Na seqüência, no dia 9, haverá o sorteio, no Zentralstadion, na cidade alemã de Leipzig.

O time de Carlos Alberto Parreira ficará no Grupo F. Com isso, jogará 13 de junho, quatro dias após o início dos jogos, no lendário Estádio Olímpico (Berlim). Dia 18, estará em ação no moderno Allianz Arena (Munique). E termina a primeira fase – dia 22 – no Westfalenstadion (Dortmund).

No lado oposto, no Grupo A, os alemães terão a honra de comandar a festa de abertura. Com essa medida, os dois finalistas de 2002 só devem se encontrar novamente na decisão – a estratégia será bem-sucedida desde que os dois times garantam o primeiro lugar na etapa de classificação.

Se depender dos critérios de escolha na definição do rateio de forças nas chaves, deve haver surpresas desagradáveis para algumas potências. Na Copa de 2002, por exemplo, levou-se em conta os resultados obtidos nas últimas duas Copas, somados aos resultados dos três anos anteriores, mais a posição no ranking da Fifa. Resultado: a Inglaterra foi para a cumbuca – sem privilégios.

A cerimônia que revela a tabela do Mundial tem sido uma atração à parte na fase de preparação do evento. Há quatro anos, por exemplo, 250 milhões de telespectadores acompanharam a festa. Para o encontro do próximo mês, espera-se repetir a dose. Já se divulgou que 136 países assinaram o contrato de transmissão da festa – que deve ter, entre os 3,7 mil convidados, a presença de celebridades como Pelé, Maradona e Lothar Matthäus.

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