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O mundo da bola absolveu Well­­ing­­ton Silva. "Malandragem do jogo", "atitude válida" e o surrado "o que vale são os três pontos" fo­­ram justificativas dadas por jogadores em atividade e aposentados ouvidos pela Gazeta do Povo sobre o polêmico gol. No sábado, o camisa 9 usou a mão esquerda para dar ao Pa­­­­raná a vitória por 1 a 0 sobre o Ce­­a­­rá, no Castelão. Para todos, o culpado foi o árbitro Char­­les He­­bert Cavalcante Fer­­reira.

Para o ex-jogador do Atlético, Barcímio Sicupira, o grande pecado do jogo não foi Wellington Silva ter feito o gol com a mão. "O ato do Wellington foi normal, coisa de menino. Faz parte da malandragem do jogo. Quem deveria ter visto o lance e punido era o árbitro e os auxiliares", diz.

Opinião corroborada pelo ex-atacante do Coritiba Pachequinho, que viu o uso da mão esquerda quase como um ato instintivo de atacante. "Por se tratar de um atacante, de uma vitória, a atitude do Wellington foi válida. O erro maior foi o da arbitragem, que validou o gol de mão", afirma.

Na contramão foi Paulo Rink, ex-atacante do Atlético. "Foram dois erros: do jogador e da arbitragem", diz.

Entre os atuais companheiros de Wellington Silva, porém, defesa ao atacante e brincadeiras com a situação. "Pode ser gol de quadril, de mão, são três pontos para o Pa­­ra­­ná. É isso que importa. Se a bola não entrar e o juiz quiser dar o gol, tá bom também", diz o goleiro Zé Carlos. "Independentemente de co­mo vem, a vitória é importante para o Paraná. Pode ser gol de barri­ga, de mão", falou o meia Davi.

Até rivais defenderam o paranista. "Quem deveria ter visto era o árbitro", disse o coxa-branca Marcelinho Paraíba. "Acredito que foi sem querer", acrescentou o atleticano Valencia.

Embora raros, há casos no futebol de jogadores que tentaram corrigir por conta erros de arbitragem. Em 1996, após fracassar na tentativa de convencer o árbitro de que não sofrera um pênalti, o atacante Robbie Fowler, do Liverpool, chutou deliberadamente a bola para fora na cobrança. Por isso recebeu o Troféu Fair Play da Fifa.

Em 2006, episódio similar marcou a partida Ajax x Den Haag, pelo Campeonato Holandês. Ao devolver a bola após o atendimento a um jogador adversário, o Ajax acabou marcando um gol. Cons­­trangidos, os atletas do time de Amsterdã ficaram parados na saída de bola, permitindo ao oponente descontar o gol "irregular".

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