• Carregando...

A faixa na frente do Olímpico deixou a torcida esperançosa. "Não vendemos craques" era a resposta do Grêmio às propostas milionárias pelo passe de Ronaldo de Assis Moreira, o Ronaldinho Gaúcho. O assédio começara um ano antes, depois do gol de placa contra a Venezuela na Copa América. O PSV, da Holanda, ofereceu (em euros) R$ 18,5 milhões. Um clube italiano pagaria R$ 60 milhões e o inglês Leeds United, R$ 75 milhões. O Grêmio não quis conversa.Aos 20 anos, Ronaldinho seria a solução para as dívidas do tricolor. Os torcedores voltaram ao estádio, a venda de camarotes e camisas aumentou, o número de sócios cresceu. Para segurá-lo, o Grêmio aumentou em oito vezes o salário. Mas ele estava disposto a sair. Com contrato até fevereiro de 2001, em janeiro foi levado pelo irmão Assis – ex-jogador do clube – para o Paris Saint Germain, se aproveitando da Lei Pelé, cheia de brechas que os dirigentes ainda ignoravam.Antes da lei, os jogadores pertenciam aos clubes; depois, viraram donos do próprio passe. No caso de Ronaldinho, a preferência para a renovação de contrato era do Grêmio, mas ele não esperou pelo fim do seu primeiro vínculo profissional e logo voou para Paris. O caso chegou à Justiça internacional e o atleta ficou seis meses sem poder atuar. No fim, a Fifa liberou Ronaldinho e estipulou ao clube europeu uma indenização de 4,5 milhões de euros ao Grêmio. Dois anos depois, o PSG negociou o atleta com o Barcelona por 27 milhões de euros.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]