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Quando um time é muito superior tecnicamente e consegue encaixar uma marcação pressão para atordoar o adversário logo no início da partida, vira covardia. Foi o que o Atlético fez contra o Cascavel, sábado, na Arena. Com sete minutos, já vencia por 2 a 0. Graças a duas roubadas de bola no campo de ataque.

O primeiro gol foi logo aos 20 segundos. Como mostra o campo à esquerda, o meia Uéverson, da Serpente, já estava com a bola no meio. Mas, com a pressão do volante Valencia e os companheiros mais próximos marcados, optou por recuar para Rodrigo. Aí foi a vez de o atacante Bruno Mineiro, que observava a jogada próximo à lateral, partir com tudo em direção ao zagueiro cascavelense.

Rodrigo ainda se atrapalharia para dominar, o que deu tempo de Bruno Mineiro desviar a tentativa de passe para Tininho do outro lado. Na sequência do lance, o goleiro Veloso saiu atabalhoado, trombou com Ti­­ninho e deixou a bola escapar. O atacante Javier Toledo só precisou limpar e tocar para a rede.

O segundo gol se originou novamente nos pés de Rodrigo, principal vítima da pressão rubro-negra. Ele tentava sair jogando, mas Valencia veio por trás e deu o bote, desviando a bola em direção a Netinho. Pega de surpresa, a defesa cascavelense não conseguiu fazer nada além de observar a rápida troca de passes do ataque atleticano. Do meia, para Javier Toledo, dele para Bruno Mineiro e do artilheiro para o gol.

Se dá tão certo, por que então essa marcação não é usada com mais frequência pelos times? Porque é extremamente desgastante. E porque descompacta a equipe. Se o adversário tiver jogadores de qualidade e visão de jogo, conseguindo se livrar da barreira terá espaço para contra-atacar à vontade. No segundo campo, por exemplo, seis jogadores atleticanos cercavam a saída do adversário. Dali para trás, dois terços do campo eram ocupados por apenas quatro defensores.

Como já havia decidido o jogo de cara, o Furacão não precisou mais continuar na garganta do Cascavel. A partir do segundo gol, optou por concentrar a marcação na intermediária. Mesmo sem tanta intensidade, aproveitou a fragilidade do oponente para tocar a bola e chegar tranquilamente à goleada por 5 a 0.

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Gênio - Leandro Niehues

Nas palavras dos jogadores, deixou o Atlético mais solto – em comparação ao estilo defensivo do ex-técnico Antônio Lopes. Aproveitando a sequência em casa, o time encaixou três goleadas consecutivas.

Professor Pardal - Caçapa

Mesmo com o gramado pesado em Irati, o técnico do Operário optou pela entrada de um jogador leve no meio (Marcelinho) no lugar de um zagueiro (João Re­­nato). E o escolhido não conseguiu jogar na derrota por 3 a 1.

Operário-padrão - João Paulo

O polivalente volante paranista começou no meio de campo e abriu o placar contra o Paranavaí. Depois da lesão de André Luiz foi para a ala direita a e fez mais um, fechando a goleada por 4 a 1.

Peladeiro - Rodrigo

O zagueiro do Cascavel vinha sendo elogiado por fazer poucas faltas e tomar poucos cartões. Contra o Atlético, porém, apare­­ceu por causa dos erros na saída de bola. Falhas dele originaram os dois primeiros gols.

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