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O Santos campeão paulista não é o mesmo das goleadas exageradas – 10 a 0 no Naviraiense e 8 a 1 no Guarani. Ao se aproximar das fases decisivas do Estadual e da Copa do Brasil, o técnico Dorival Júnior tratou de reforçar o setor de marcação.

O temor era de que, contra ad­­versários mais fortes, a equipe se mostrasse desprotegida. Por isso, apesar do futebol bonito e dos resultados expressivos, a im­­pressão é de que o 4–3–3 com dois meias (Marquinhos e Paulo Henrique Ganso) e três atacantes (Robinho, Neymar e André) só dava segurança para enfrentar Naviraienses da vida.

Acabou sobrando para André, vice-artilheiro do Peixe na temporada, com 18 gols – 4 a menos do que Neymar –, o menos badalado dos Meninos da Vila. Com ele fora do time, Wesley deixou a la­­teral-direita para ocupar a posição de segundo volante. Pará entrou na lateral para encaixar o 4–4–2.

Os campos ao lado mostram as duas formações. Na primeira, mais ofensiva, os meias Mar­­quinhos e Ganso precisavam voltar mais para marcar no campo defensivo. Na hora de criar, ti­­nham como opção a movimentação de três jogadores à frente e a subida dos laterais, especialmente Wesley – que começou a carreira no próprio Santos jo­­gando como atacante.

Na segunda o time se tornou mais compacto no meio de campo. Além de marcar, Wesley aparece frequentemente na frente pela direita. Mas os meias perderam uma das opções no ataque. Sem André como referência, esperam a movimentação de Robinho ou Neymar para tentar as jogadas.

Na prática, o ganho defensivo não parece tão grande. Nos dois jo­­gos decisivos do Paulista, to­­mou cinco gols do Santo André. Na partida de ida contra o Atlé­­tico-MG, pelas quartas de final da Copa do Brasil, levou mais três.

Amanhã o Peixe enfrenta novamente o Galo, campeão mineiro, por vaga nas semifinais. No sábado estreia no Brasileiro contra o campeão do Rio de Janeiro, Bo­­tafogo. Ou seja, a partir de agora, sem nenhum adversário muito frágil pelo caminho, o 4–3–3 que fez a fama do time só será usado em casos especiais.

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