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Natália Falavigna vai a Copenhague de olho no aprendizado, mas sem perder o bi de foco | Gilberto Abelha / Jornal de Londrina
Natália Falavigna vai a Copenhague de olho no aprendizado, mas sem perder o bi de foco| Foto: Gilberto Abelha / Jornal de Londrina

Confira a relação brasileira para o Mundial de Tae Kwon Do:

MASCULINO

-54kg MICHAEL SILVA

-58kg MARCIO WENCESLAU FERREIRA

-63kg MARCEL WENCESLAU FERRIERA

-68kg DIOGO ANDRÉ S. SILVA

-74kg LICINIO SOARES ESPINDOLA JR.

-80kg ANDRE BILIA

-87kg DOUGLAS MARCELINO

+87kg LEONARDO SANTOS

FEMININO

-46kg KATIA ARAKAKI

-49kg FERNANDA DE MATTOS DA SILVA

-53kg LIVIA FORTE MIRANDA

-57kg RAFAELA VIEIRA DE ARAUJO

-62kg DEBORA FERNANDES DA SILVA NUNES

-67kg FERNANDA SOARES DE SOUZA

-73kg HELLORAYNE ZATTA OAKES PAIVA

+73kg NATALIA FALAVIGNA DA SILVA

Depois da histórica medalha de bronze nas Olimpíadas de Pequim, há pouco mais de um ano, a paranaense Natália Falavigna terá o seu primeiro grande desafio: o Campeonato Mundial de Tae Kwon Do, que começa neste sábado em Copenhague, na Dinamarca. Na mesma cidade em que os brasileiros celebraram recentemente a escolha do Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos de 2016, a lutadora almeja fazer bonito, sempre de olho no título.

Nascida em Maringá, mas radicada em Londrina, Natália já sentiu o gosto de ser campeã mundial. Foi em 2005 em Madri, na Espanha. De lá para cá muito mudou na vida da atleta de 25 anos, que viveu momentos de êxtase, como a conquista em Pequim, e de muita tristeza, como a perda da final nos Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007. Mas as mudanças não param por ai. Natália subiu de categoria e terá um novo sistema de pontuação pela frente.

"Fui a única na seleção brasileira a ter a oportunidade de treinar com os coletes que serão utilizados no Mundial. Esse colete eletrônico mudou muito a estrutura do tae kwon do, mudou a forma de você buscar os pontos. Há quem o ache falho, mas eu procuro não pensar nisso e trabalhei muito a parte de agilidade, velocidade, enfim, tudo o que possa me favorecer nesta nova forma de pontuação", explicou Natália Falavigna, em entrevista à Gazeta do Povo.

Como as regras do jogo são novas, a paranaense tem consciência que o favoritismo de algumas atletas pode cair diante das tradicionais "zebras". O fato de alguns países terem treinado mais ou menos com o novo colete eletrônico justifica que alguns favoritos, como a própria Natália, acabem não alcançando grandes resultados no Mundial. Para a lutadora, o momento é de aprendizado, já que o ápice novamente estará nas Olimpíadas, em 2012, em Londres.

"O campeonato trará surpresas, ainda mais neste primeiro ano do colete. A minha meta é treinar e utilizá-lo, ir conhecendo e trabalhar a longo prazo, conhecer todos os recursos, independente dos resultados", disse Natália, sem deixar de dar uma leve reclamada das mudanças recentes. "Preferia as regras antigas. As mudanças só foram oficializadas em maio, no meio da preparação, então influencia no treinamento. Vou para lá em busca do melhor resultado possível, mas não vou me abalar mesmos e não for bem. Tenho uma estrutura, uma equipe, é preciso paciência".

Cirurgia e pressões a serem superadas

Natália Falavigna também "entrou na faca" neste ano, ao realizar uma artroscopia no tornozelo direito, outro fator que a atleta diz tê-la atrapalhado. Já ciente da pressão por resultados sobre os últimos medalhistas olímpicos do Brasil em Mundiais neste ano (casos no atletismo e judô), a paranaense procura lidar com maturidade, garantindo que não irá se abalar com críticas.

"Não ligo e as outras modalidades não deveriam ligar. Um ano após as Olimpíadas é momento de experimentar, os erros devem ser aceitos. É tudo parte de um processo, se o resultado não vem não quer dizer que está tudo errado. No meu caso eu sei que estou no caminho certo, então não vejo pressão. Tem várias atletas novas e que irão se arriscar no Mundial. Observei algumas possíveis adversárias, estou tranquila", opinou.

Países como Espanha, México, Irá, Turquia, China e Rússia são apontados por Natália como fortes concorrentes não só na sua categoria (acima de 73 kg), mas em toda a competição. No Mundial, a paranaense só luta no último dia de competições (18 de outubro) e, na volta, espera curtir um pouco mais a família, "negligenciada" diante da intensa rotina de treinamentos e viagens para competições e outros compromissos.

"Passo bastante tempo longe da família mesmo, apesar de ter parentes próximos ali em Londrina e Maringá. Não sobra muito tempo para curtir, ter aquele almoço de domingo e descansar, mas espero aproveitar um pouco mais. Férias mesmo só tenho uns 15 dias lá no fim do ano, na época de Natal e ano novo. No restante do tempo é treino, treino e treino", finalizou.

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