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Dez meses depois de conquistar o inédito título mundial de tae kwon do para o Brasil, a paranaense Natália Falavigna volta ao tatame para a disputa de um torneio internacional. A reestréia em terra estrangeira da lutadora, que compete entre os pesos médio, será no Aberto dos Estados Unidos, um dos principais campeonatos do calendário da modalidade, hoje, em Dallas.

Logo no retorno às lutas fora do país Natália poderá enfrentar a inglesa Sarah Stevenson, sua adversária na decisão do Mundial, realizado em abril do ano passado, na Espanha. A distribuição das 16 lutadores inscritas nas chaves do Aberto dos Estados Unidos ainda não havia definida até o fechamento desta edição.

A participação de Natália na competição em Dallas é vista com certo alívio pela própria lutadora. Sem adversárias dentro do país, ela só conseguiu realizar um combate após o Mundial: em outubro do ano passado, nos Jogos Abertos do Interior, em Botucatu (SP). Antes, a paranaense chegou a vencer sem precisar dar um único golpe um campeonato para o qual era a única atleta inscrita.

A longa inatividade foi acompanhada por diversos problemas fora do tatame. Um cardápio inadequado – aliado a estresse – provocou fortes dores nas pernas. Resultado: foi obrigada a ficar um período sem treinar. Desmotivada, chegou a pensar em parar.

A virada na carreira de Natália ocorreu em dezembro, quando ela foi eleita a melhor atleta do país no Prêmio Brasil Olímpico, promovido pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Junto com o troféu recebeu uma promessa da entidade de ajuda financeira para disputar competições de alto nível em 2006.

O calendário internacional que começa hoje, em Dallas, ainda prevê disputas na Tailândia, Argentina e Espanha.

"Este intercâmbio é necessário para que eu possa me comparar às minhas adversárias. Americanas, canadenses e mexicanas sempre estão de olho umas nas outras. Para mim, tudo estava mais difícil. Agora, consegui apoio para lutar lá fora", afirmou ela, antes do embarque para os Estados Unidos.

A nova realidade no tatame foi acompanhada por uma mudança importante na vida particular. Após passar o ano passado treinando e morando em Campinas, Natália trocou a Ponte Preta pelo São Caetano. A mudança resultou em uma volta para casa, já que o clube do ABC permite que ele more em Londrina.

"Tudo isso contribuiu para deixar minha vida com outro clima", comemorou.

E é com esse novo ânimo que a paranaense vai ao tatame em Dallas. A competição é importante para Natália sentir sua atual condição em relação às lutadoras estrangeiras.

"O nível deve ser elevado, porque encontrarei lutadoras norte-americanas, canadenses, mexicanas e uma alemão. É gente que está buscando vaga em suas seleções ou nas equipes que vão disputar o Pan de 2007, no Rio", afirmou.

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