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Piquet ainda não sabe seu destino em 2009 | Pascal Guyot / AFP
Piquet ainda não sabe seu destino em 2009| Foto: Pascal Guyot / AFP

Nelsinho Piquet admitiu nesta quarta-feira que sua permanência na Renault está ameaçada e que a equipe tem interesse em contratar um piloto francês para a temporada 2009.

O alvo da escuderia francesa, segundo Nelsinho, seria Romain Grosjean, que faz parte do programa de jovens pilotos da equipe e disputou este ano a GP2, categoria de acesso à Fórmula 1. A possível vaga também é pretendida pelo piloto brasileiro Lucas Di Grassi, reserva da Renault na F1 e que também disputou a GP2 nesta temporada.

"Acho que a Renault está precisando, faz alguns anos que não tem piloto francês. Tem um piloto da escolinha da Renault, o Grosjean, que teve um ano razoavelmente bom na GP2 (ficou em quarto lugar)", disse o brasileiro em entrevista coletiva, em São Paulo.

"Existe essa pressão que o presidente (da equipe Renault, Bernard Rey) está fazendo. Mas no final da história vai ser uma decisão da equipe toda, do Flavio (Briatore, chefe da equipe), de todo mundo...Para mim na verdade é só esperar", acrescentou.

Segundo Nelsinho, depois de 17 corridas, o resultado do Grande Prêmio do Brasil, no próximo fim de semana, não vai interferir na decisão da escuderia. A Renault ainda não anunciou seus pilotos para o ano que vem e a grande expectativa gira em torno da decisão do espanhol Fernando Alonso, bicampeão mundial, de permanecer ou não na equipe.

Sem entrar em detalhes, o filho do tricampeão Nelson Piquet afirmou que está em negociações com outras equipes, quando questionado se a Honda seria um provável destino, no lugar de Rubens Barrichello.

"Conversa sempre tem. O paddock não é muito grande, a gente acaba trocando idéia. Todo mundo sabe o que todos estão fazendo. Todos estão esperando uma decisão do outro", afirmou.

Em sua primeira temporada na Fórmula 1, Nelsinho reconheceu ter tido um ano de altos e baixos. Ele está em 12o lugar no campeonato, com 19 pontos, três a menos que o 10o colocado, o alemão Timo Glock, da Toyota. O bicampeão Alonso é o sexto colocado, com 53 pontos, e duas vitórias.

"No começo (da temporada) tinha a meta de terminar entre os seis primeiros. Mas logo percebi que nosso carro tinha dificuldade. Mudei minha meta para os 10 primeiros. Não foi um ano que sonharia, mas é difícil mesmo, foi um ano de aprendizagem", disse.

"Estou fazendo o melhor que posso, nas últimas corridas eu melhorei", acrescentou ele, que teve como melhor resultado um segundo lugar no GP da Alemanha, em julho. No entanto, teve oito abandonos em 17 provas.

Há seis anos morando na Inglaterra, Nelsinho disse que não se sente em casa em São Paulo e preferia correr em Brasília, onde morou.

"Em São Paulo estou quase como no Japão. É óbvio que é melhor estar aqui, mas para ser sincero não seria nada igual se tivesse correndo em Brasília", afirmou o piloto.

Sobre a disputa do título entre o inglês Lewis Hamilton e Felipe Massa, da Ferrari, ele acredita que o piloto da McLaren tem mais chances, caso consiga manter a calma. Ele tem sete pontos a mais que o brasileiro e precisa terminar em quinto lugar para garantir o troféu.

"Se ele conseguir não fazer as besteiras que fez no ano passado (quando também tinha boa vantagem mas perdeu o título para Kimi Raikkonen), acho que ele fica com o título", disse ele, descartando jogo sujo para favorecer Massa.

"Me comportaria de maneira normal (se estivesse na frente de Hamilton), para defender a posição...(Mas) vou tentar não atrapalhar o Felipe de maneira alguma", acrescentou.

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