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É difícil decifrar Jade Barbosa. Quando todos pensam que a ginasta amadureceu com o título da Copa do Mundo da Rússia neste ano, aprendendo a lidar com o favoritismo, ela comete uma série de erros nos Jogos Olímpicos e volta para casa sem passar nem sequer perto do pódio.

A contradição é mesmo uma forte característica de sua personalidade. Quando todos os atletas lutam anos seguidos em busca do índice olímpico, Jade disse que não via a hora de a principal competição esportiva do planeta terminar. "Fico feliz que acabou. Estava com o coração explodindo de tão nervoso", revelou.

A Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) sabe que para extrair o máximo de potencial da ginasta – já pensando na iminente aposentadoria de Daiane dos Santos e Daniele Hypólito e em Londres-2012 – é necessário dar continuidade ao planejamento especial desenvolvido desde o ano passado com a carioca. "A Jade já faz um trabalho diferenciado com a nossa psicóloga", contou Eliane Martins, coordenadora técnica da entidade e chefe da delegação em Pequim.

A falta de controle emocional prejudicou a atleta nesta Olimpíada, pressionada por ter saído do Brasil ostentando a fama de número 1 do país na modalidade. Ela errou em praticamente todas as provas em que competiu na capital chinesa. "Há erro em qualquer esporte. Mas sinto que poderia ter dado mais de mim. Acho que as meninas que me venceram se esforçaram mais, por isso o resultado final", avaliou. "A Jade é um ser humano qualquer", finalizou, desta vez sem chorar, outra característica marcante de sua curta carreira. (CEV)

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