Ney Franco refuta complô pró-Mengo

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Foi um erro tão grave que um domingo inteiro de folga não foi suficiente para esfriar totalmente a cabeça. Nem mesmo a segunda-feira, dia de retornar aos trabalhos e já pensar em como fugir da zona do rebaixamento, fez os atleticanos esquecerem o pênalti bizarro anotado por Luís Antônio da Silva Santos frente ao Internacional. Porém, passada a revolta, é hora de ajustar o foco.

"Não podemos ficar transferindo responsabilidade. O dever do treinador é entrar para dentro do campo, promover treinamentos e cobrar dos atletas. E os jogadores têm que se dedicar apenas à prática do futebol", declarou o técnico Ney Franco, ontem, após o primeiro dia de preparação para o confronto com o Santos, na quinta-feira.

Além disso, Franco utilizou-se do um ano e dois meses de experiência na Gávea para refutar qualquer tipo de conspiração pró-Flamengo – equipe que briga com o Atlético para escapar da degola. "É um clube que não precisa de ajuda nenhuma pelo elenco que tem e pela diretoria que está trabalhando. Todo o tempo que estive lá as pessoas se mostraram sérias e eu nunca vi nenhuma pontinha ou possibilidade de querer usar alguma coisa fora de jogar futebol."

Enquanto a bola vai retomando o centro das atenções, quem tem de agir, segundo o comandante do Furacão, está agindo. Assim que a súmula da partida chegar à CBF, o clube entrará com uma representação contra o árbitro pedindo uma punição por incapacidade técnica.

Atitude que servirá mais como protesto, pois o carioca já recebeu o castigo da Comissão Nacional de Arbitragem. Silva Santos terá que conversar com um orientador da Federação Carioca de Futebol (entidade a qual pertence) e passar por uma reavaliação. Além disso, apitará a Série C durante algumas rodadas.

Outra frente de ataque atleticana, o novo diretor de futebol Alberto Maculan é o responsável por colocar "a boca no trombone". Em diversos veículos de comunicação, o dirigente tem demonstrado a insatisfação rubro-negra. E até de quem normalmente menos se espera veio apoio à causa.

"O que foi marcado contra o Atlético é uma coisa inacreditável", disse René Simões, técnico do rival Coritiba – no sábado o Alviverde também sofreu com uma marcação equivocada, ao ter um gol anulado por um impedimento que não aconteceu. "Eu quero dar esse alerta, que os clubes esqueçam em determinados momentos as suas rivalidades e pensem em uma reclamação conjunta", reforçou ele.