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Mídia - Argentinos em transe

Buenos Aires – O diário esportivo Olé deu o seguinte título à matéria sobre o jogo em seu portal: "Tristeza sem fim". No Clarín, a manchete dizia: "Argentina sofreu um pesadelo com o Brasil". O diário reconheceu que o time de Alfio Basile "jogou muito mal, e caiu por um claríssimo 3 a 0". Já o La Nación foi muito mais dramático: "Uma derrota que dói na alma." No canal de TV por assinatura Fox Sports, o ex-técnico Carlos Bilardo não sabia o que dizer. Repetia apenas que o Brasil "achou o primeiro gol".

As chaves do jogo

1 - As chaves do jogoElano, no lançamento, e Júlio Baptista, na conclusão, mostraram o que esperava a Argentina no lance do primeiro gol.

2 - Sorte e competênciaO Brasil vencia só por 1 a 0 quando Riquelme assustou. Primeiro acertou a trave e depois parou na defesa de Doni.

3 - Ousadia de DungaElano se machucou e o técnico da seleção colocou o lateral Daniel Alves como um meia avançado pela direita.

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Maracaibo – Os jogadores do Brasil desabafaram depois da grande vitória contra a Argentina, que garantiu à seleção a oitava conquista da Copa América. "Eles podem ser favoritos numa próxima final também, mas vão perder de novo. Com o Brasil é assim", disse Juan, capitão do time na partida, lembrando que em 2004, na final da Copa América do Peru, os argentinos também entraram com um time com mais estrelas e sucumbiram contra a seleção brasileira. "Todos têm de respeitar a seleção brasileira. Ninguém pode menosprezar. Estes jogadores merecem respeito e são todos campeões", festejou Júlio Baptista, autor do primeiro gol.

O lateral-esquerdo Gilberto lembrou que a Copa do Mundo de 2006 foi única que a seleção não conseguiu vencer das últimas cinco competições disputadas. "Nas Eliminatórias, nas duas Copas América e na Copa das Confederações nós superamos a Argentina. Mesmo um grupo em formação não deixa a desejar a ninguém. O problema é que a seleção brasileira é muito cobrada. Tem de ganhar todas as competições", disse o lateral do Hertha Berlin. O resultado garantiu o Brasil na Copa das Confederações de 2009, na África do Sul, espécie de "ensaio geral" para a Copa de 2010.

O atacante Vágner Love, que deu a assistência para Daniel Alves fechar o placar, cutucou os "hermanos", insinuando que os argentinos teriam cantado vitória antes do jogo. "Em clássico tem que tomar cuidado. Não pode achar que já ganhou. Entramos com respeito e saímos campeões", disse o atacante.

Para Robinho, artilheiro da Copa América com seis gols, a alegria veio em dobro. "Bom demais. Estou feliz pelo título, que era o objetivo principal e por ser artilheiro também. Jogamos com simplicidade e objetividade. Não jogamos tão bem, sabemos disso. Jogar na seleção brasileira não é fácil. Todos querem que o Brasil ganhe e jogue bem sempre", avaliou o camisa 11.

Juan concorda com Robinho na análise e apontou que ter jogado mal no começo da competição fez com que a equipe melhorasse jogo a jogo. "O momento mais importante para a nossa campanha foi na derrota para o México. Aquele jogo deu alerta para gente e o grupo se fechou e se concentrou ainda mais."

Sobre o futuro desse grupo, que invariavelmente terá Kaká e Robinho nas Eliminatórias, Juan foi realista. "Muita gente boa não veio para essa Copa América. São jogadores que a gente sabe que ainda farão parte desse grupo".

Almanaque Foi a oitava conquista do Brasil na Copa América. A seleção venceu em 1919, 22, 49, 89, 97, 99, 2004 e 2007. Por outro lado, a Argentina vê seu jejum aumentar. Apesar de, ao lado dos uruguaios, ser ainda a maior campeã do torneio, com 14 títulos, os rivais não vencem desde 1993. Além desse jejum, os hermanos viraram fregueses do Brasil. Nos últimos três jogos, três derrotas: 4 a 1, 3 a 0 e 3 a 0.

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