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Diferente da capital, onde Eduardo Paes venceu com folga, em todo o estado, prefeitos tiveram dificuldade para se reeleger. Dos 54 prefeitos que se candidataram à reeleição, 22 não venceram em seus municípios.

Por trás desses números estão alguns caciques políticos velhos conhecidos do eleitor fluminense, como José Camilo Zito (PP), que amargou o terceiro lugar em Duque de Caxias após quase uma década de hegemonia na Baixada Fluminense, onde era chamado de Rei da Baixada, e Sérgio Sessim (PP), candidato da família David em Nilópolis - que domina a política do município há mais de uma década. Sessim ficou em segundo lugar, atrás de Alessandro Calazans (PMN), eleito já no primeiro turno. Ao todo, 60 cidades do estado terão novos chefes do Executivo.

Não é só na Baixada Fluminense que políticos tradicionais perderam a hegemonia municipal. Em Santo Antônio de Pádua, no noroeste fluminense, José Renato Padilha (PMDB) perdeu para a disputa para Josias Quintal (PSB), interrompendo 28 anos de governo da família Padilha na cidade. Dois prefeitos ainda terão a chance de se reeleger no segundo turno: Sheila Gama (PDT), em Nova Iguaçu, e Paulo Mustrangi (PT), em Petrópolis. Ambos ficaram em segundo lugar.

Alguns prefeitos não venceram o pleito ontem, mas ainda têm chance de comemorar. Rafael Miranda (PP), de Cachoeiras de Macacu, Sérgio Soares (PP), de Itaboraí, Rachid Elmor (PDT), de Paty do Alferes, José Laerte (PMDB), de Quatis, e Frederico Barbosa Lemos (PR), de São Francisco do Itabapoana tiveram candidatura indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, portanto, os votos que receberam foram contabilizados como nulos. Segundo o TSE, todos eles entraram com recurso da decisão. Depois que os recursos forem julgados, os votos podem ser contabilizados. Rosinha Garotinho (PR) vive situação contrária: pelo resultado de ontem ela está reeleita, mas sua posse depende de decisão colegiada do TSE, por conta de um recurso da coligação Juntos por Campos contra a decisão do ministro Marco Aurélio Mello pelo deferimento da candidatura de Rosinha.

Evandro Capixaba, prefeito reeleito de Mangaratiba, teve o maior percentual de votos do estado: 94%. Já o prefeito com menor votação em todo o estado foi Oswaldo Botelho, o Vavado, em Cambuci. Mesmo tendo administrado a cidade por quatro anos, ele só teve 25 votos, ou 0,26% do eleitorado. Em janeiro, Vavado ficou 20 dias afastado do cargo por decisão do Tribunal de Justiça após denúncia do Ministério Público Estadual de improbidade administrativa.

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