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Aquilino Romani, presidente do Paraná Clube, pede apoio da torcida para colocar as contas em dia | Rodolfo Bührer / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Aquilino Romani, presidente do Paraná Clube, pede apoio da torcida para colocar as contas em dia| Foto: Rodolfo Bührer / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Diretoria aposta em promoção contra o Sport

A campanha foi encabeçada pelos próprios torcedores da Paranautas em parceria com o clube. O mote é o jogo de quarta-feira contra o Sport, pela Copa do Brasil, mas a intenção é refletir no acanhado quadro de sócios. Hoje o Paraná computa 2 mil torcedores em dia e 500 inadimplentes.

Quem comprar o ingresso inteiro antecipado e que queira associar-se ao programa Sempre Torcedor terá direito à primeira mensalidade, taxa de adesão e Smart Card grátis. Os sócios que quitarem a mensalidade até amanhã e forem ao jogo concorrerão ao sorteio de camisas oficiais do novo patrocinador, a Kanxa.

Mulheres também serão atendidas pela promoção com ingresso a R$ 10. Crianças até dez anos pagarão somente R$ 5 e poderão entrar com os jogadores no gramado.

Com a iniciativa o clube almeja chegar aos dez mil torcedores, ocupação que não chegou perto de ser atingida esse ano, nem no clássico realizado no Durival Britto. O público contra o Atlético ficou em 6.123 pessoas.

A crise financeira no Paraná Clube, que motivou a paralisação das atividades nesta segunda-feira, passa pela arquibancada quase deserta da Vila Capanema. O recorde negativo público do Tricolor no Estadual foi batido neste domingo, na vitória por 2 a 0 diante do rebaixado Nacional. Público pagante de 1.330 espectadores, uma renda bruta R$ 18.835.00.

Por três anos consecutivos jogando na Série B do Brasileiro e com uma fatia pequena na negociação com a televisão (no ano passado recebeu cerca de R$ 800 mil por toda a transmissão a competição), o estádio cheio poderia, na visão da diretoria, aliviar a falta de dinheiro no clube, que atravessa umas das suas piores crises desde a sua fundação em dezembro de 1989.

"Infelizmente é a nossa situação. A gente não tem como investir no time porque tem muitas contas para acertar. Estamos fazendo ações para tentar melhorar o público, mas efetivamente a torcida não tem entendido isso. Vamos ter problemas gravíssimos para frente com relação a receitas se não tivermos uma melhora do público", revelou o presidente paranista, Aquilino Romani, em entrevista à Gazeta do Povo.

Apesar da campanha de recuperação no Paranaense (invicto há seis jogos e classificado à segunda fase), o Tricolor tem uma baixa presença de público no Durival Britto. Em sete jogos, o Paraná fechou com uma média de 2.691 pagantes. Quatro jogos deram prejuízo aos cofres tricolores. Contra o Iraty, no sábado de Carnaval, por exemplo, houve um déficit de R$ 14.931. As partidas contra Cascavel e Operário também deram prejuízo – R$ 5.171 e R$ 10.540 respectivamente. Fechando a conta negativa, contra o Nacional R$ 14.697. "Estamos trabalhando forte na questão de locar alguns terrenos do clube, como a Sede Olímpica do Tarumã. Além disso, o marketing está tentando a venda de placas para empresários paranistas na Vila Capanema e em outras sedes", explicou Romani.

Lucro mesmo somente em três ocasiões. No clássico diante do Atlético, com R$ 42.480. Foram 6.213 pagantes – recorde do Paraná no Estadual. Desse total, 931 eram torcedores rubro-negros, responsáveis por R$ 29.240 da arrecadação bruta. As partidas contra Rio Branco e Paranavaí renderam R$ 15.572 e R$ 2.790 aos cofres do clube, respectivamente. Na briga contra o rebaixamento, o Leão da Estradinha, por exemplo, tem média de público superior a do Paraná.

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