• Carregando...

O poço em que o Coritiba entrou parece não ter mais fim. Ontem foi a vez de o Ituano se aproveitar da derrocada alviverde para vencer por 2 a 1, em Itu, algo até então inédito nesta Segunda Divisão. O revés reforça a má sorte que acompanha o Coxa nos jogos em São Paulo. Nas quatro oportunidades em que visitou o estado vizinho, a equipe perdeu três vezes, empatando em outra ocasião.

Ainda quarto colocado com 40 pontos, cinco a menos que o líder Náutico, o time torce hoje contra Paulista, América-RN e Paysandu para permanecer no G-4. Dependendo dos resultados, o time pode até cair para sétimo.

A má fase coxa-branca é marcada por uma coincidência. Exceção ao 0 a 0 com o São Raimundo, nos outros cinco jogos que completam o jejum alviverde na Série B o time saiu atrás no placar. E em nenhum deles teve força para virar. Mais um capítulo do trágico roteiro foi escrito no Novelli Júnior.

A derrota de ontem evidenciou um problema a mais no Coritiba. Se até a rodada passada o declínio verde e branco era creditado exclusivamente aos atacantes, em pé de guerra com os gols, o pesado fardo já pode ser divido com os zagueiros. E com o técnico Paulo Bonamigo.

Ao tentar ser coerente demais, ele erra. Falha ao manter jogadores em visível declínio técnico. É o caso de Jackson. Encarregado, ao lado de Paulo Miranda, de proteger os cruzamentos na primeira trave, o meia não acompanhou o zagueiro Toninho, que se aproveitou da estabanada saída de Artur para fazer 1 a 0.

É o caso de Márcio Egídio também. Repetindo o que havia feito ante Náutico e Guarani, o volante deu mais um gol ao adversário. Cris foi o felizardo. Isso três dias depois de o prata da casa Rodrigo Mancha ter sido um dos poucos a se salvar no duelo com o Tufão da Colina. A mesma análise vale para Luís Paulo (voltou após cumprir suspensão) e Andrezinho. Previsível, o samba de uma nota só de Bona prega sempre a entrada de Rodrigo Batata. A salvação dessa vez não veio pelos pés do 12.º titular. Não dá para entender. Resta a triste constatação.

"Uma vez mais levamos dois gols por erro de posicionamento", resignou-se Artur.

O bonito gol de Henrique, digno dos melhores centroavantes, algo em falta no Alto da Glória, serviu apenas para quebrar o jejum da equipe, que havia mais de 270 minutos não balançava as redes. E para coroar a atuação do zagueiro, o único a se destacar em meio ao marasmo que tomou conta do clube.

"Não existe mais desculpa. Temos de ganhar", disse o sincero meia Caio, repetindo o marcante discurso do rebaixamento no ano passado.

Em Itu

Ituano 2André Luís; Rafael Tesser, Erivélton, Toninho e Thiago; Adriano, Róbston (Moradei), Paulo Santos (Tobi) e Juliano; Moré (Gilson) e Cris.Técnico: Roberto Fernandes.

Coritiba 1Artur; Luís Paulo, Henrique, Marcelo Batatais e Ricardinho (Andrezinho) ; Márcio Egídio, Paulo Miranda, Jackson (Rodrigo Batata) e Cristian (Hugo); Anderson Gomes e Caio.Técnico: Paulo Bonamigo.

Estádio: Novelli Júnior. Árbitro: Wagner dos Santos Rosa (RJ). Gols: Toninho (I) aos 9, Cris (I) aos 13 e Henrique (C) aos 14 do 1.º tempo. Amarelos: André Luís, Toninho, Tobi e Juliano (I); Anderson Gomes (C).Público: 275 pagantes (342 total). Renda: R$ 1.500,00.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]