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Está sendo discutido na Câmara dos Deputados, em Brasília, o Projeto de Lei 4914/05, do ex-deputado Rubinelli (PT-SP), que determina aos torcedores que forem condenados por promover tumulto ou violência em estádios de futebol, que se apresentem em uma delegacia nos dias de jogos.

A proposta original previa que o torcedor condenado se apresentasse a uma delegacia de polícia, duas horas antes de cada partida de futebol de seu time, até duas horas depois. Entretanto, uma emenda do relator Vadinho Baião (PT-MG) amplia o horário de chegada do torcedor em mais duas horas – totalizando quatro horas antes do jogo – e mantém as duas horas após a partida.

A Lei modifica o Estatuto de Defesa do Torcedor (Lei 10671/03), que previa apenas o afastamento dos estádios por até um ano para o torcedor punido, conforme a gravidade dos atos. Segundo o ex-deputado Rominelli "países europeus já utilizam medida semelhante para controlar pessoas conhecidas pelo comportamento violento em eventos esportivos". O projeto segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça de Cidadania, e depois para o plenário.

Repercussão

A reportagem do TudoParaná reuniu a opinião das torcidas de Coritiba, Atlético e Paraná, além da Polícia Militar, sobre a aprovação na nova Lei. Todos foram unânimes e concordaram com a proposta. Paraná

A torcida organizada Fúria Independente fez o seu pronunciamento através do vice-presidente Marcos Tadeu "Santista" Zebelin.

"Nós concordamos, desde que os reais culpados sejam punidos. Ás vezes quem não tem nada a ver com a história acaba ‘pagando o pato’. Infelizmente tem uns policiais que só querem saber de bater em torcedor. A torcida Fúria se esforça para manter a ordem e ir ao estádio para cantar e apoiar o time".

Atlético

A torcida Os Fanáticos foi representada por um dos integrantes da diretoria, e administrador da loja de produtos oficiais da torcida, Dráusio Cordeiro Santos Júnior.

"É claro que concordamos. Só estranhamos a demora na aprovação dessa Lei, já que o pessoal está mais preocupado com o Mensalão. A Lei ajuda a afastar os baderneiros. Só esperamos que ela seja realmente cumprida, e não fique esquecida como tantas outras. A Fanáticos mudou há muito tempo a filosofia da torcida. Hoje nós conversamos muito com os integrantes e orientamos para que não haja violência".

Coritiba

O presidente da Império Alviverde, Luiz Fernando "Papagaio" Corrêa, falou sobre a aprovação da nova Lei.

"Isso é muito positivo. Só espero que não se inicie uma ‘caça às bruxas’. Ainda existem policiais que perseguem os torcedores. Nós não queremos brigar, e sim apoiar o time. Mas, caso a gente saiba quem foi que fez a bagunça, nós expulsamos da torcida na hora. Há falta de diálogo com alguns policiais em dias de jogos. Em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, existe um batalhão de polícia que só trabalha com as torcidas. Quando vamos a esses estados, os comandante já nos conhecem até pelo nome. Fica muito mais fácil assim".

Polícia Militar

O Major Cezar Alberto de Souza falou em nome da Polícia Militar do Paraná.

"A polícia está sempre pronta para cumprir a Lei. Só espero que haja estrutura para fazê-la. O Estatuto do Torcedor prevê que um juizado especial seja montado, para que os torcedores sejam julgados imediatamente, mas isso não acontece ainda. Apesar de tudo, o clima nos estádios paranaenses está tranqüilo. As reuniões que são feitas antes dos clássicos evitam muitos problemas".

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