Nova Orleans vai do choro à euforia

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Não é à toa que o futebol é o esporte mais apaixonante do Mundo. Histórias fabulosas de grandes viradas, reviravoltas fantásticas...

O Estádio José Drulla Sobrinho, do Nova Orleans, abrigou um desses contos. Os quase mil torcedores que trocaram um passeio no Parque Barigüi, no sábado de sol, pela decisão da Primeira Divisão da Suburbana, terão o que contar.

Pode ser que Faísca, Bidinho e Cascão não estejam entre os grandes craques mundiais. Mas eles transformaram Nova Orleans x Santa Quitéria num ‘cult’ do futebol alternativo. Depois de vencer o primeiro jogo por 1 a 0, o Quitéria levou para o campo adversário a vantagem do empate no tempo normal para ficar com a taça. O jogo não era dos melhores. Passes errados, poucos arremates ao gol. Quem via a partida não imaginava o que viria pela frente.

O 0 a 0 do primeiro tempo fez os técnicos Goiaba, do Quitéria, e Binho, do Orleans, saírem bufando para o intervalo. Na volta, a coisa melhorou.

Os donos da casa, que precisavam da vitória, pressionavam. A magia então entrou no ar. Aos 26, Dinda arriscou uma bicicleta. A bola não foi diretamente ao gol, mas Bidinho aproveitou e colocou de cabeça no fundo das redes. O 1 a 0 levava o jogo para a prorrogação. As coisas ficaram tensas para os mandantes quando Neto foi expulso. O Santa Quitéria foi para cima, mas não evitou a prorrogação.

"Estamos com o coração na boca", disse Carlinhos, diretor do Quitéria. Ficaria ainda mais nervoso aos 8 minutos da prorrogação, quando o volante Diego, volante da equipe dele, foi expulso. Aí, o imponderável entrou em campo de novo. Após perder um jogador, o Quitéria fez 1 a 0, com Leandrão, de cabeça, aos 12 do primeiro. Bravo, o Orleans partiu para cima. Com espaços, Alcides teve a chance de matar a partida para o Quitéria: driblou o goleiro e bateu. Giba salvou. Tudo parecia consumado. Mas já no segundo tempo, a 30 segundos do fim, Edivaldo recebeu na área. A zaga visitante deu bobeira e ele tocou para o gol. A bola ainda tocou a trave antes de entrar: 1 a 1.

Emocionante. A decisão foi para os pênaltis. Então Alcides foi vilão mais uma vez. Ao perder a cobrança explodiu a festa do Nova Orleans, que venceu por 4 a 3 e comemorou o título.