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Confira como é o circuito| Foto:

Motivo de queixas no ano passado por causa de ondulações e extrema falta de aderência, especialmente na chuva, o Circuito do Anhembi, palco da São Paulo Indy 300, recebeu melhorias para se adequar às exigências da categoria. Mudanças que devem trazer um "efeito colateral" interessante: deixar a pista mais veloz, o que diminuirá a duração da corrida de hoje, às 13 horas, ainda mais com as previsões de tempo bom feitas pelos institutos meteorológicos.

"Está excelente. Muito melhor do que ano passado. As ranhuras [no concreto da reta do sambódromo] estão horizontais como num aeroporto. Além disso, recapearam a pista e tiraram as zebras das curvas seis, sete, oito e nove. Acho que vamos ganhar de dois a três segundos", disse o piloto Raphael Matos, da equipe AFS Racing.

O mesmo tempo ganho é calculado pelo escocês Dario Franchitti, da Ganassi, pole position na prova de 2010. "Esta pista é típica de rua. No começo o asfalto está macio e pelo menos dois segundos deverá estar mais rápida também", analisou o atual campeão da Fórmula Indy.

A opinião é compartilhada pela norte-americana Danica Patrick, da Andretti, que não fazia parte do grupo de críticos da pista utilizada há um ano. "Muito bom terem recapeado. Não estava tão ruim, apenas a fresagem [colocação de ranhuras na pista por meio de raspagem, para facilitar a drenagem] que não estava boa. O investimento feito foi imenso e eu acredito que vai ser mais rápida neste ano", explicou.

As obras de recape do asfalto e fresagem do concreto custaram R$ 11,5 milhões aos cofres da prefeitura de São Paulo. No caso da reta do Sambódromo, o procedimento envolveu também o lixamento da pista, pois para o carnaval há uma pintura reflexiva que é lisa demais para os carros. No ano passado, o treino de classificação teve de ser adiado para o domingo. Durante a noite foram feitos frisos, mas no sentido vertical, tornando a drenagem ineficiente frente às chuvas que caíram naquele final de semana. Além disso, aumentou a ondulação, transformando o S do Samba em uma aventura, o que deve ser amenizado nesta edição.

O piloto brasileiro Tony Kanaan, da KV, relevou quaisquer problemas de ondulação ao considerar isso normal em pistas de rua. Ele comparou o circuito paulista com Long Beach, na Califórnia, traçado de características mais próximas das encontradas no Anhembi. "Temos de entender que é uma pista de rua, que tem ondulação, troca de tipo de piso, tampa de bueiro. Long Beach, por exemplo, tem o mesmo asfalto desde quando começaram a correr lá", afirmou Kanaan. A compatriota Bia Figueiredo, da Dreyer & Reinbold, concorda: "Este ano estava feio em Long Beach".

O repórter viajou a convite da organização da prova.

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