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Os gêmeos Rodrigo e Ricardo Sperafico, de Cascavel, brincam:  “Até pilotar um no lugar do outro já pilotamos.” | Rafael Gagliano/ Divulgação
Os gêmeos Rodrigo e Ricardo Sperafico, de Cascavel, brincam: “Até pilotar um no lugar do outro já pilotamos.”| Foto: Rafael Gagliano/ Divulgação

Um treino no quintal de casa abriu a temporada para o segundo maior contingente de pilotos na Stock Car. Com sete representantes, os paranaenses ficam atrás apenas da legião paulista, com 14 pilotos, entre os 30 integrantes que ontem e hoje fazem testes co­­letivos no Autódromo In­­ter­­na­­cio­­nal de Curitiba (AIC), em Pi­­nhais.

A representação local já foi maior – de 2005 a 2009 no mínimo dez pilotos do Paraná se enfileiravam no grid. E também me­­lhor. Na última temporada, ninguém do estado se classificou para a fase decisiva. Em 11.º, limite pa­­ra os playoffs, ficou David Muffato, o dono do último campeonato conquistado por pilotos daqui, em 2003.

ESPORTES | 1:32

Treino coletivo da temporada 2012 da categoria começou em Curitiba

Aos 40 anos e um dos mais ex­­perientes, o cascavelense reconhece que ele e seus conterrâneos não fizeram uma temporada tão boa em 2011. Situação que tem tudo para mudar, especialmente com as inovações da categoria.

"Acredito que com essa maneira de pontuação [com distribuição mais equilibrada e contemplando do 1.º ao 20.º colocado] vamos conseguir trazer os paranaenses para andar entre os dez. Para estar entre os quatro ou cinco com certeza no final. E se eu não puder brigar, que algum outro paranaense brigue", afirmou após o primeiro contato com o carro na temporada. "É ótimo treinar aqui. Para mim, Curi­­tiba tem o melhor autódromo do Brasil", acrescentou.

Chance em dose dupla para me­­­­lhorar os resultados do estado está na Micos’s Racing, equipe com sede, funcionários, patrocínio (Prati-Donaduzzi) e pilotos locais. Após dois anos de projetos e algumas corridas alternadas juntos, os irmãos Sperafico voltam a dividir o mesmo box. "Tinha um desejo muito grande de competir com o meu irmão", comemorou Rodrigo, vice-campeão em 2007, ao lado do gêmeo Ricardo.

"É curioso ter gêmeos competindo", reconhece Ricardo, ex­­pli­­­­cando o assédio. "Até pilotar um no lugar do outro já pilotamos, mas vocês nunca saberão quando", brincou ele, cuja mo­­le­­cagem de troca entre irmãos no cockpit estava proibida em contrato, durante período de testes na Fórmula 1, pela Wil­­li­­ams, em 2003.

Prestes a dar a largada no seu sexto ano na Stock Car, Lico Kae­­semoldel também quer melhorar o desempenho local. "Espero que eu me destaque um pouco mais. Terminar entre os dez primeiros. Apesar de no ano passado nenhum paranaense ter classificado, porque uns quebraram, com outros aconteceram outras coisas, nosso estado vem muito forte no automobilismo, em todas as categorias", afirmou.

"Estou aqui para representar também o povo do Paraná", promete o piloto da RCM Motosports, chefiada pelo também paranaense Rosinei ‘Meinha’ Campos, com oito títulos na categoria.

Alceu Feldmann, único piloto do estado a comemorar uma vitória na temporada passada, aponta para um hiato na formação de no­­vos pilotos. Para ele, uma safra muito boa foi para as pistas há alguns anos e agora é esperar a próxima leva.

Enquanto isso, cabe a todos eles – incluindo Ricardo Zonta e Julio Campos outros paranaenses na Stock – honrar a tradição local a partir do dia 25, quando começa o campeonato.

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