• Carregando...
Mais de 350 policiais militares vão atuar na operação especial do Atletiba no Couto Pereira | Daniel Derevecki/ Gazeta do Povo
Mais de 350 policiais militares vão atuar na operação especial do Atletiba no Couto Pereira| Foto: Daniel Derevecki/ Gazeta do Povo

Ocorrências

Torcedor é baleado na frente da Arena

O esquema de segurança montado pela polícia militar evitou confusões nos arredores do Estádio Couto Pereira, mas não foi suficiente para esfriar os ânimos de alguns torcedores atleticanos que assistiram ao clássico na Arena da Baixada. Uma discussão entre rubro-negros terminou com uma pessoa ferida nas proximidades do estágio atleticano ontem à noite. Um homem foi baleado na perna por um oficial da polícia militar que tentava conter a confusão.

Antes do jogo, um adolescente de 16 anos foi detido após atirar dois rojões contra torcedores do Coritiba. O rapaz, torcedor do Atlético, estava dentro de um ônibus que parou na estação Maria Clara e portava outros dois explosivos, além de uma bucha de cocaína e uma de maconha. Após confissão, ele foi encaminhado à Delegacia do Adolescente.

A Polícia Militar confirmou ainda a ocorrência de outras richas entre torcedores em alguns pontos da cidade, mas sem gravidade. No bairro Tarumã, torcedores bloquearam uma rua para impedir a passagem de carros no final da tarde. O tumulto foi controlado com a chegada da PM ao local. Segundo informações de emissoras de rádio, teriam ocorrido também problemas nos terminais do Santa Quitéria, Pinhais e Capão da Imbuia. A polícia não confirmou nenhum dos problemas.

  • A torcida do Coritiba compareceu em grande número e fez a festa com o time
  • Venda de ingressos em postos avançados
  • Torcedor do Atlético baleado após o jogo, na Arena, é encaminhado ao hospital
  • No Couto, o choro da torcida rubro-negra

Horas antes do início do clássico que definiu o campeão paranaense de 2010, a movimentação nas ruas próximas do Estádio Couto Pereira já era grande. Para fugir da agitação que antecede a partida, torcedores de Coritiba e Atlético chegaram mais cedo ao Alto da Glória. Alguns alviverdes aproveitaram o domingo ensolarado para almoçar com a família no restaurante anexo ao estádio. Atleticanos também compareceram com antecedência, mas em menor número. A maior parte dos 3 mil torcedores do time visitante chegou ao Couto uma hora antes do jogo, depois de concentração na Arena da Baixada.

A chegada de rubro-negros e coxas-brancas foi tranquila, sem registro de confusão nos arredores ao Couto Pereira. Com o contingente policial reforçado, torcedores dos dois times diziam sentir-se mais seguros para comparecer à partida decisiva. Para garantir a segurança no clássico, a Polícia Militar montou diversas barreiras em torno do estádio para que apenas moradores e pessoas com ingresso pudessem circular nos arredores. Além do isolamento do perímetro, a operação de segurança contou com mil policiais, um helicóptero, câmeras e bafômetros.

"Desta vez estávamos preparados. Tínhamos 400 homens dentro do estádio e outros 600 nos arredores e em pontos estratégicos nos terminais de ônibus", afirmou o Major Eudes Camilo da Cruz, comandante da operação de segurança.

Fora do estádio, antes do início da partida, o clima realmente era de tranquilidade. "Nem parece clássico. Está tudo tão calmo. Não tem barulho de torcida, aquela agitação característica", disse o atleticano Márcio Luiz Soares na chegada ao Couto, cerca de uma hora antes do jogo.

"A operação de segurança dá mais tranquilidade para trazer a família", avaliou o torcedor alviverde Valmir Betinardi, que levou a esposa e o primo para o estádio.

Os atleticanos Gilson e Ronaldo Nico, pai e filho, fre­­quen­­tam todos os jogos do time na Arena da Baixada, mas esta foi a primeira vez que Gilson levou o garoto a um Atletiba na casa do adversário. "Com o novo esquema de segurança dá até para trazer as crianças ao clássico", confirma Gilson.

"Não sei se realmente precisa de tanto policial assim, mas com certeza dá um sentimento de segurança", disse o torcedor alviverde Márcio Flávio Ferreira, que veio de União da Vitória com o pai especialmente para acompanhar o clássico. Como chegou a Curi­­tiba apenas no dia do jogo, comprou os ingressos pouco antes do início da partida em um dos dois pontos de venda montados pela PM nos arredores do estádio para impedir a entrada de torcedores sem ingresso no perímetro de isolamento.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]