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Rio 2016

Curitiba quer abrigar aclimatação

Curitiba quer se candidatar a sede das seleções de ginástica durante a aclimatação para a Olimpíada de 2016. Alguns quesitos como localização do centro de treinamento, aeroporto e hotel se enquadram nas exigências do Comitê Olímpico Internacional. A intenção da Federação Paranaense de Ginástica é firmar parcerias com o governo e a prefeitura para assegurar os equipamentos necessários para atender os ginastas de outros países.

Em 2014 será definida a procedência dos aparelhos usados na Rio 2016 e os mesmos deverão ser ofertados para o desfecho da preparação olímpica.

A aclimatação é comum em várias modalidades. A seleção brasileira de ginástica treinou por 20 dias em Tóquio antes dos Jogos de Pequim 2008. Em Atenas 2004, a reta final de trabalho foi feita na Ucrânia, país do então técnico da equipe, Oleg Ostapenko.

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Em meio a tamanha turbulência, uma iniciativa coloca a ginástica paranaense rumo a 2020. Um projeto de massificação da modalidade encabeçado pelo Ministério do Esporte será colocado em prática a partir de abril, com a inauguração do primeiro de seis núcleos programados para este ano.

Até 2016 são estimados 35 locais, para atender 200 crianças em cada, visando tornar o estado o principal polo da gi­­nástica ar­­tística no país. Ini­­ciativa ambiciosa, capaz de re­­cuperar o status esvaziado com a dissolução da seleção permanente em 2009, após oito anos sediada em Curitiba.

Além de se espalhar pelo interior, há uma proposta ousada para Curitiba: fazer testes com 140 mil alunos de todas as escolas municipais. A intenção é encontrar mil crianças com potencial para o treinamento da modalidade.

"Para 2016 não haverá mais novidade na ginástica. Quem vai representar o Brasil nos Jogos do Rio já está treinando. Achar uma menina com 11 anos hoje [e 16 na Olimpíada do Brasil] que ainda não compete, só se for um prodígio. Por isso estamos pensando lá longe", explica a diretora técnica Eliane Martins, focada na pulverização do esporte.

O Ministério do Esporte será responsável por fornecer os equipamentos, com custo entre R$ 50 mil e R$ 60 mil por cidade. As prefeituras arcam com local e monitores para atender as crianças e a Federação Paranaense assume o repasse do conhecimento e o intercâmbio de professores. Um manual foi elaborado pela diretora técnica Eliane Martins e pela treinadora Iryna Ilyashenko para orientar todos os procedimentos técnicos do projeto.

O lançamento será em Ribei­­rão do Pinhal, cidade natal de Eliane. Foz do Iguaçu, Pa­­lotina, Francisco Beltrão, To­­ledo e Telê­maco Borba são outros municípios que devem ser contemplados ainda este ano.

"É um projeto audacioso, que pode chegar a 7.200 crianças. Vamos promover o acesso à modalidade para milhares de crianças, mas o foco é o alto rendimento. Dessa quantidade va­­mos buscar talentos. Ninguém é uma potência olímpica com uma seleção de 12 ginastas", avalia a presidente da Federação Paranaense de Ginástica (FPRG), Vicélia Florenzano. O projeto desenvolvido em Curitiba em quase uma década chegou a atender 480 mil crianças, para selecionar 32 atletas de alta performance.

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